Pinheiro: pesquisa mostra o caminho para açãoO senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu que seja desenvolvido um levantamento sobre as tecnologias e serviços disponíveis no Brasil, cruzando informações sobre a pesquisa do Senado, que traçou a percepção da população, com dados atualizados sobre a situação estrutural do setor energético brasileiro.
“A ideia é sair do cenário das perspectivas apontado pela pesquisa, divulgada hoje, para o caminho da ação. É preciso apontar caminhos para uma efetiva atitude de governo, que possa garantir a ampliação dos serviços aos cidadãos. Acho importante uma pesquisa dessa forma. Agora, o ideal seria encaixar a partir desses elementos que existem nesse setor”, afirmou Pinheiro, durante participação, na manha desta quarta-feira (22), na audiência da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado.
No Colegiado, foi divulgado levantamento do DataSenado, em parceria com a Universidade de Columbia (EUA), sobre a percepção da população sobre o setor energético. O levantamento mostra que, no entendimento da maior parte da população brasileira, 85% dos respondentes concordaram total ou parcialmente em que o Brasil invista mais em fontes de energia renováveis como eólica e solar. Um número um pouco menor, mas ainda representativo de indivíduos, apoiam que empresas de energia sejam obrigadas a investir nessas fontes: 68%. Conheça a pesquisa aqui.
Para Pinheiro, com o outro levantamento estrutural poderia ocorrer ações eficazes que apontem os caminhos para solucionar o descontentamento da maioria dos pesquisados com os serviços e preços. “Portanto, é coletar esses dados, transformá-los em pesquisa e sair só da percepção para um caminho, para que a preocupação se transforme em ação concreta”, reiterou.
Ele exemplificou ações que poderiam, por exemplo, mudar o cenário atual de existência de apenas uma unidade de certificação de energias limpas no País: “ Esse levantamento apontando deficiências e soluções poderia, por exemplo, mostrar o caminho para as alternativas. O que o Congresso Nacional poderá fazer, como produzir leis, para incentivar a certificação de energias limpas em outras partes do País, evitando demandas que hoje incorre em entraves para o crescimento? Por que não temos unidades de certificação em todas as cidades deste Brasil?”, questionou.
Pinheiro disse ainda que a discussão já faz parte da unidade de ciência e tecnologia do estado da Bahia, ligado ao serviço Sesi-Senai: “Estamos fazendo uma discussão agora, na Bahia, com o Cimatec, um órgão do Sistema S. Queremos levar certificação. Queremos levar um parque eólico, de solar fotovoltaica e de solar térmica”.
Para Pinheiro, outros pontos poderão nortear, por exemplo, as necessidades atuais do parque industrial do Brasil. “Aí entra outra questão aqui – você faz a leitura na pesquisa, mas é importante para nos nortear: será que uma placa vinda da China vai resistir aqui no Brasil da mesma forma que resiste na China? Na china, há um período de frio e neve. Aqui inverno é quando cai água, mas é sol”, ressaltou Pinheiro.
A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) deve convidar representantes do Ministério de Minas e Energia para comentar a pesquisa feita pelo DataSenado.
Metodologia de pesquisa
As pesquisas do DataSenado são feitas por meio de amostragem com entrevistas telefônicas. A população considerada é a de cidadãos com 16 anos ou mais, residentes no Brasil, e com acesso a telefone fixo. A margem de erro admitida é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado nos resultados da pesquisa é de 95%. Isso significa que se forem realizadas 100 pesquisas com a mesma metodologia, aproximadamente 95 terão os resultados dentro da margem de erro estipulada.
(Do gabinete do senador Walter Pinheiro)