O mercado formal de trabalho gerou, em março, 19.282 empregos com carteira assinada, um crescimento de 0,05% em relação ao mês anterior. Os dados são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias, na quinta-feira (23).
O crescimento, segundo o ministro, ressalta o reaquecimento do mercado de trabalho, que voltou a gerar vagas após três meses consecutivos de queda. O resultado é superior ao registrado em março de 2014, quando foram gerados 13.117 postos de trabalho.
A expectativa, segundo o ministro é que em abril essa trajetória continue e o mercado siga nessa tendência de crescimento, revertendo o quadro negativo dos dois primeiros meses do ano. “Tivemos um janeiro negativo, um fevereiro que estabilizou e março já geramos emprego. A expectativa é de um abril ainda melhor”, avaliou.
Emprego Setorial
Para ministro, a expectativa é que a reação continue e nos próximos meses o país continue a gerar empregosEm termos setoriais, os dados mostram que dos oito setores da economia, quatro registraram crescimento, com destaque para o setor de Serviços (53.778 postos), Administração Pública (3.012 postos) e Comércio (2.684 postos). A Construção Civil ainda não teve recuperação, perdendo 18.205 postos, uma queda de 0,60%. A Indústria de Transformação também apresentou queda de 0,18% e perdeu 14.683 postos de trabalho no mês.
A melhora nos números no setor serviços decorreu principalmente da expansão do emprego em quatro dos seus cinco ramos, com um deles, o de Serviços Médicos e Odontológicos, apresentando saldo recorde (9.234). O crescimento ocorreu ainda nos setores do Ensino (18.325 postos), Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (15.429 postos), Serviços de Transportes e Comunicações (7.592 postos) e Serviços de Alojamento e Alimentação (3.758 postos). As Instituições Financeiras, com perda de 567 postos, foi o único ramo dos Serviços que registrou declínio no emprego.
Os setores que tiveram perdas no mês foram o da Indústria de Transformação (-14.683 postos) e Agricultura (-6.281 postos), proveniente, segundo análise técnica do Ministério do Trabalho, principalmente do desempenho negativo dos ramos de atividades econômicas de cultivo de frutas de lavoura permanente.
No recorte geográfico, a expansão do emprego ocorreu em três das cinco regiões brasileiras, tendo ocorrido crescimento no Sul (26.362 postos), Sudeste (12.072) e Centro Oeste (6.196). No Nordeste, houve perda de 19.138 postos e, no Norte, de 6.210 postos.
Com informações do Ministério do Trabalho
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