Ana Rita é autora da proposta original que visa estimular produção em larga escala de defensivos agrícolas menos tóxicosO uso de defensivos agrícolas que sejam pouco ou nada agressivos ao ser humano e ao meio ambiente é fundamental na produção de alimentos saudáveis. Para estimular a utilização desses produtos no meio rural, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado aprovou, nesta quinta-feira (30), em decisão terminativa, uma proposta que cria a Política Nacional de Apoio aos Agrotóxicos de Baixa Periculosidade.
O projeto (PLS 679) foi apresentado no ano de 2011, pela então senadora petista Ana Rita (ES). O objetivo é estimular o desenvolvimento desse tipo de produto em escala industrial, visando reduzir seu custo e ampliar o uso no meio rural.
Ana Rita pretendia que a nova política fosse restrita ao estímulo a agrotóxicos não sintéticos de origem natural, mas a relatora na CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), modificou a proposta para incluir produtos sintéticos considerados seguros do ponto de vista toxicológico e ambiental.
O texto prevê que o poder público estimulará pesquisas que resultem em agrotóxicos de baixa periculosidade, sejam naturais ou sintéticos, utilizando recursos dos fundos nacionais de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Meio Ambiente.
Também determina que sejam criados programas de incentivos à fabricação desses produtos e à utilização dos mesmos pelos agricultores. A proposta prevê que receberão crédito com juros menores os produtores que derem preferência a agrotóxicos não sintéticos naturais.
Esses são produtos usados para combater pragas da lavoura a partir de inimigos naturais ou micro-organismos que atacam a planta. É o caso, por exemplo, do uso de um vírus que ataca a lagarta da soja como alternativa para o controle do inseto. Outro exemplo é o uso de vespas no combate a lagartas que atacam culturas de cana-de-açúcar, milho e tomate.
Já os produtos sintéticos incluídos na proposta são os de baixa toxicidade, como os feromônios sintetizados e colocados em armadilhas, para atrair insetos que causam prejuízos em lavouras ou criações.
O texto define ainda aspectos que caracterizam os agrotóxicos de baixa periculosidade, como custo reduzido, simplicidade no manejo, eficiência agronômica no combate a pragas e não favorecimento de resistência nas pragas, ao lado da baixa toxidade e do menor dano ao meio ambiente.
Se não houver pedido para votação no plenário, o PLS 679/2011 seguirá para a Câmara dos Deputados.
Com informações da Agência Senado
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