Dobrar a renda per capita dos brasileiros até 2022, quando o País comemora 200 anos de independência. Essa foi a meta anunciada pela presidenta Dilma Rousseff nesta sexta-feira, em Porto Alegre. “Essa é a medida e o metro que devemos usar”, disse a presidente, em solenidade de entrega de motoniveladoras, retroescavadeiras, caminhões-caçamba (adquiridos com recursos do PAC Equipamentos) e ônibus escolares para 54 prefeituras gaúchas.
“Esse País mudou, primeiro, porque um torneiro |
No discurso, Dilma disse que o Brasil precisa de uma “infraestrutura forte” para ser competitivo internacionalmente e por isso o governo tem investido, com recursos próprios, concessões ou parcerias público-privadas (PPP), na construção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias. “Temos que diversificar as frequências e canais”, afirmou a presidente, referindo-se à necessidade de melhorar as condições logísticas brasileiras.
A presidenta Dilma Rousseff cumpre agenda movimentada na capital gaúcha, onde fica até este sábado (13). Ainda pela manhã, ela participou da formatura de alunos do Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec), assinou a repactuação entre o Programa Estadual de Erradicação da Pobreza Extrema – RS Mais Igual e o Brasil Sem Miséria e entregou ônibus escolares e equipamentos agrícolas e anunciou a liberação de novos recursos para a malha viária estadual, que vai garantir o escoamento da produção agrícola.
Durante a cerimônia de formatura de 2.223 alunos do Pronatec, Dilma disse que a educação e a melhoria da renda da população são os caminhos para superar a pobreza no País. “É por meio da formação profissional que esse País vai ser de fato desenvolvido. Precisamos de técnicos que melhorem a qualidade do trabalho, garantam crescimento de qualidade. Temos de assegurar que esse caminho da educação técnica e profissionalizante seja extremamente valorizado pela sociedade como ocorre nos grandes países onde sem trabalhadores tecnicamente formados e especializados, o país não avança. Esse conjunto da população é que sustenta o crescimento econômico de um país”, disse.
A educação infantil também foi citada pela presidenta Dilma. Segundo ela, essa é uma etapa importante para reduzir desde cedo a desigualdade de oportunidades. “Quanto mais pobre for essa criança, mais ela tem que ter acesso a uma educação de qualidade, ter estímulos [para] disputar as oportunidades”, explicou. De acordo com a presidenta, o governo que abre mão de colocar o cidadão como o centro da atenção deixa de fazer políticas efetivas. “Quem saiu da pobreza extrema quer ter melhor educação, saúde, e isso é algo que o Governo Federal assume a responsabilidade de fazer junto com vocês. Um governo que se afastar da sociedade, abrir mão de olhar que o centro da preocupação perde a condição de fazer políticas com p maiúsculo, política que faz a diferença para a população”, disse Dilma.
“Um governo que se afastar da sociedade, abrir |
“Esse País mudou, primeiro, porque um torneiro mecânico virou presidente. E, segundo, porque uma mulher também virou presidenta. Isso significa que as oportunidades, quando abrem a porta, não abrem uma frestinha não, ela escancara a porta. E o que nós estamos fazendo no nosso País, nos últimos dez anos, é escancarando a porta para todos os brasileiros e as brasileiras entrarem nos benefícios da riqueza desse enorme País. (…) Nós seremos capazes de construir um Brasil que caiba com espaço cada um dos brasileiros e brasileiras. E sobretudo com a certeza que esse Brasil será cada vez melhor para nossos filhos e nossos netos do que foi para cada um de nós”, defendeu.
Durante a cerimônia, também foi celebrada a repactuação do Programa Estadual de Erradicação da Pobreza Extrema – RS Mais Igual. Agora, o governo estadual irá complementar a renda de integrantes de famílias em situação de pobreza extrema com filhos de até 6 anos de idade para que recebam R$ 100. “Quando o Governo Federal assina qualquer projeto, embaixo, está escrito ‘País Rico é País Sem Miséria’. Às vezes, o óbvio ululante não é reconhecido politicamente. Já teve época em que o Brasil se considerava rico e tinha dois terços de sua população na miséria. Superar a pobreza é o que estamos fazendo aqui hoje”, afirmou.
Infraestrutura
A presidente aproveitou para anunciar R$ 2,5 bilhões em três projetos rodoviários no Rio Grande do Sul, todos com recursos da União. A presidente afirmou ainda que o Governo tem o “grande objetivo” de fazer, mediante concessão, a ligação ferroviária entre Porto Alegre e São Paulo. “É inadmissível que o Rio Grande do Sul não se ligue por ferrovia ao polo central do Sudeste”, afirmou.
Com informações do Blog do Planalto e das agências de notícias
Fotos: Palácio do Planalto