Governo discute o financiamento de investimentos estratégicos

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) realiza, nesta segunda-feira (25), o Seminário Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, cujo objetivo é buscar fontes privadas nacionais e internacionais para o financiamento de obras de infraestrutura no País.

O secretário-executivo do MP, Dyogo Oliveira, afirmou na abertura do evento que o governo lançará um plano de investimentos estratégicos em diversas áreas. “Até o momento, tivemos o financiamento da infraestrutura no Brasil baseado nos bancos públicos. Nesta nova fase, queremos incentivar uma participação maior e mais qualificada de fontes alternativas de financiamento, sejam elas nacionais privadas ou internacionais. Queremos ouvir dos representantes das agências o papel que elas podem desempenhar nesse processo”, disse Dyogo.

O secretário-executivo destacou que a economia brasileira, nos últimos anos, desfrutou de estabilidade e avançou na inclusão social e no aumento da renda da população. “O crédito foi expandido, a nossa sociedade teve acesso a bens materiais e colheu ganhos importantes na qualidade de vida, na expansão da educação, do Sistema Único da Saúde e em programas de capacitação”, lembrou. A continuidade deste movimento exige as medidas em curso adotadas agora pelo governo. O ajuste, segundo ele, “não pode ser um fim em si mesmo, mas um processo que nos leve à retomada do crescimento”.

Crescimento e preservação

Também presente ao evento, a ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, ressaltou a preocupação do governo brasileiro em promover uma economia sustentável e com baixa emissão de carbono. Isabela lembrou que o novo plano de investimentos, a ser lançado no mês que vem dará atenção à preservação ambiental.

“O Brasil tem pautado o tema da preservação ambiental não mais de forma reativa, mas como parte da construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável. Não é mais possível discutir crescimento econômico sem pensar na agenda ambiental. E não há como promover um desenvolvimento inclusivo e de baixo carbono se não tivermos investimentos adequados em infraestrutura e logística”, afirmou.

O ministro Nelson Barbosa participou da abertura do seminário e, a partir das 10 horas, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, foi o moderador do debate sobre novas instituições e instituições renovadas, o desafio do financiamento de longo prazo no pós-crise de 2008.

Participaram desse debate o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luís Alberto Moreno; Enrique García Rodríguez, presidente executivo do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF); Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial para América Latina e Caribe e Juan Notaro Fraga, presidente executivo do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA).

Para debater as alternativas para o financiamento da infraestrutura no Brasil, o moderador foi o embaixador Carlos Cozendey, chefe do departamento de Assuntos Financeiros e de Serviços do Ministério de Relações Exteriores. Os debatedores foram Alexandre Rosa, vice-presidente do BID; Antônio Henrique Silveira, diretor do Brasil no Banco Mundial; Dyogo Oliveira, secretário-executivo do MP e um representante da Caixa.

Para debater o mercado de capitais e o financiamento privado de longo prazo para a infraestrutura no Brasil, o moderador foi Ricardo Carneiro, diretor executivo do Brasil no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Participaram dos debates Alessandro Teixeira, presidente da Agência Brasileiro de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Carlos Rocca, diretor técnico do Centro de Estudos de Mercado de Capitais, Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Cemec/Ibmec); Denise Pauli Pavarini, presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima); Leonardo Gomes Pereira, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e Hector Gomez Ang, diretor para o Brasil da Corporação Financeira Internacional (IFC).

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP)

Leia mais:

Dilma diz ‘custo Brasil’ vai cair com 2ª fase do programa de infraestrutura

To top