Vanessa: “As palavras ditas pelos representantes do PSDB durante a convenção não são palavras de quem defende a democracia”A senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), em discurso feito no início da tarde desta terça-feira (7), condenou a atitude dos tucanos que decidiram buscar cenários alternativos para retomar o poder, nem que for preciso utilizar qualquer método ou denúncia que possa significar a saída da presidenta Dilma Rousseff.
“As palavras ditas pelos representantes do PSDB durante a convenção não são palavras de quem defende a democracia. E foi em decorrência desses fatos que os secretários de meu partido aprovaram uma nota em favor de Dilma e contra a ameaça golpista”, afirmou.
Vanessa criticou os tucanos que se escondem e dizem que a economia está ruim por causa de Dilma; que a crise na China é culpa de Dilma; que a crise na Índia ou na Grécia é culpa da presidenta. “É forçar a barra. Não venham dizer que não é uma tentativa de golpe. A situação política é ameaçada pela direita neoliberal, e o PSDB, às claras, fez soar as trombetas de que quer afastar a presidenta a qualquer meio ou pretexto, ela que foi eleita por 54 milhões de brasileiros”, disse ela.
Segundo a senadora, o discurso e as ações golpistas do PSDB formam a principal vertente política da ofensiva reacionária, mas não é a única. Converge para o mesmo objetivo à instrumentalização política da Operação Lava Jato; o julgamento de procedimentos administrativos da presidenta durante seu primeiro mandato pelo Tribunal de Contas da União; ou a tramitação de ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), impetrada pelos tucanos, em que pedem a cassação de Dilma e simplesmente a posse do derrotado Aécio. Toda essa articulação, lembrou Vanessa, conta com o apoio da mídia.
Acontece que o próprio Supremo Tribunal Federal já se pronunciou ao afirmar que nada consta contra Dilma, que tem reputação ilibada e nenhuma das ilações tucanas têm base jurídica.
“A direita, que criminosamente diz que vai procurar caminhos alternativos, mostrando sua ambição, não pode pisotear a institucionalidade democrática desse País”, enfatizou, acrescentando que “não foi fácil conquistar a democracia e toda a liberdade que vivenciamos hoje. Fica muito feio, depois de 51 anos, querer chegar ao governo, ao poder, a qualquer custo”.
Marcello Antunes
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