Querer reduzir a importância do Bolsa Família é uma injustiça, diz Viana

Querer reduzir a importância do Bolsa Família é uma injustiça, diz Viana

Viana: “Pode acusar de qualquer coisa, mas se não fosse esse programa o Brasil ainda estaria no Mapa da Fome”O senador Jorge Viana (PT-AC) disse, nesta terça-feira (20), data em que o Bolsa Família completa 12 anos, que a segurança alimentar do mundo continua sendo a principal agenda para que o mundo avance e se torne um lugar mais justo. Segundo ele, não dá para discutir crises políticas, econômicas e tantas outras, sem levar em conta bilhões de pessoas em todo o planeta que ainda não fazem, no mínimo, três refeições diárias.

O cenário em que milhões de pessoas passavam fome e não tinham a garantia da refeição do dia seguinte, segundo Viana, foi encontrado pelo presidente Lula antes mesmo de assumir a presidência, quando, nas caravanas da cidadania, percorria o País.

Viana destacou que o lançamento do programa Fome Zero, no primeiro ano da gestão Lula, em 2003, foi fundamental para que o País erradicasse a fome e pudesse deixar o chamado Mapa da Fome das Nações Unidas, no ano passado. Naquela época, o programa era coordenado por José Graziano, que hoje preside a FAO, órgão da ONU que trata de agricultura e alimentação.   

“O Plano Brasil Sem Miséria e o Bolsa Família alcançaram 14 milhões de famílias ou 55 milhões de pessoas. E eu fico pensando como tem gente que tem coragem, inclusive, de filosofar em cima da tragédia, da desgraça, do sofrimento dos outros”, disse o senador, que ainda apontou o preconceito como um dos maiores obstáculos enfrentados para a implantação de um programa de segurança alimentar.

“Aqui no Brasil, lamentavelmente esse programa foi criticado, houve tentativa de sabotagem e muitos dizem que se devia apenas entregar alimentos as famílias”, apontou.

Jorge Viana ainda lembrou que, na época da implantação do programa, críticos disseram que o Bolsa Família não passava de esmola ou compra de votos. “Pode acusar de qualquer coisa, mas se não fosse esse programa o Brasil ainda estaria no Mapa da Fome. Se nosso governo tivesse feito apenas isso, já estaria satisfeito. Mas, quantos governos não vieram antes do nosso e priorizaram aqueles que já tinham, já sabiam e já podiam”, salientou.

O senador ainda destacou que o tempo e a prática demonstraram que todas as críticas feitas eram totalmente infundadas. Apesar disso, elas se repetem de tempos em tempos. “Com o dinheiro na mão, as famílias podem comprar não só os alimentos, mas os utensílios para prepara-los. Pode investir e calçar crianças”, disse. “Bolsa Família não gerou acomodação. Estimulou as pessoas a romper o ciclo da pobreza. Mais de 70% dos responsáveis pelas famílias beneficiárias tem salário fixo”, emendou.

Para o senador, o programa Bolsa Família é a prova de que quando a política prioriza aqueles que mais precisam, ela pode fazer muito pelas pessoas. “Se a gente livra o ser humano dessa exclusão que lhes impede o acesso a comida e a agua, um mundo novo vai surgir. Podem falar o que quiser do presidente Lula e da presidenta Dilma, mas querer diminuir esse programa é uma grande injustiça”, destacou.

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