Mudança na partilha do pré-sal é um atentado contra sociedade, afirma Ângela

Mudança na partilha do pré-sal é um atentado contra sociedade, afirma Ângela

Ângela: “Jamais votarei favoravelmente a uma matéria que retira de nossos filhos e filhas sua perspectiva de futuro”A tentativa de retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal, contida no projeto do tucano José Serra é “um atentado contra a sociedade brasileira, uma vez que acarretará uma grande diminuição dos recursos destinados à saúde e à educação” os dois setores que, por lei, devem receber os recursos obtidos com a exploração dessa riqueza. O alerta é da senadora Ângela Portela (PT-RR), que em pronunciamento ao plenário nesta quarta-feira (25) reiterou suam total rejeição ao PLS 131, em apreciação no Senado.

O PLS 131, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), propõe mudança no regime da exploração de petróleo na camada do pré-sal, retirando da Petrobras a condição de operadora única, com participação mínima de 30% no petróleo extraído dessa camada. “Se esse projeto for aprovado, estaremos retirando dos brasileiros e brasileiras, especialmente dos mais pobres, a perspectivas de um futuro decente e próspero”, afirmou a senadora.

Conforme o atual modelo definido em lei para a exploração do pré-sal, os recursos obtidos com essa riqueza devem ser investidos na saúde (25%) e na educação (75%).

Ângela destaca que a manutenção da exclusividade da Petrobras é estratégica para o País, já que é condição para que o Brasil possa ditar o ritmo da exploração das reservas petrolíferas na camada pré-sal, de maneira a adequar a produção à demanda, de olho nos melhores preços do mercado internacional. “É uma vantagem da qual não podemos abrir mão, pelo bem do Brasil e do povo brasileiro”.

Ângela defendeu que os senadores comprometidos com os avanços ajudem a dar “um basta a esse discurso entreguista” expressado no projeto de Serra. “Chega de querer privatizar a qualquer custo, chega desse discurso que se utiliza da crise econômica que estamos vivendo para apontar soluções messiânicas”.

“Sou contra o PLS 131, pois ele é prejudicial ao povo brasileiro. Em nome de uma pseudossolução para os problemas do presente, jamais votarei favoravelmente a uma matéria que retira de nossos filhos e filhas sua perspectiva de futuro”, concluiu a senadora.

 

Leia mais:

Partilha do pré-sal: por dois votos, Senado põe em risco futuro da Petrobras

 

To top