A senadora Regina Sousa (PT-PI) criticou a restrição do acesso às dependências do Senado impostas a cidadãos, representantes de movimentos sociais e lideranças populares. Em pronunciamento ao plenário na última quinta-feira (25), ela lamentou a “seletividade” com que vêm sendo aplicada as regras de ingresso na Casa e, especialmente, às galerias do plenário.
Durante a votação do projeto que retirou da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal, na noite de quarta-feira, representantes dos trabalhadores da estatal foram proibidos de assistir à sessão das galerias. “Não permitiram que o pessoal da Petrobras entrasse, mas aqui tem-se facilitado o acesso de outras categorias”, protestou Regina, lembrando o tratamento diferente que receberam representantes das carreiras do Judiciário, quando o Congresso votou matéria de interesse dessas categorias.
“A gente não podia nem andar nos corredores”, lembrou a senadora sobre os grandes grupos que se concentravam no trabalho de convencimento dos parlamentares.
Regina considera perfeitamente legítimo que todos os setores possam ter acesso ao Senado e protesta contra a discriminação a setores como representantes dos povos indígenas e sindicalistas representantes de categorias menos prestigiadas. “É preciso rever isso. Não se pode dificultar o acesso das pessoas que vêm assistir as sessões ou audiências públicas”, defendeu.
Campanha da Fraternidade
Em seu pronunciamento, Regina Sousa registrou também a importância do tema escolhido este ano — saneamento básico — para a Campanha da Fraternidade, promovida pela Igreja Católica em conjunto com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
“A campanha deste ano tem como objetivo geral assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa casa comum”, registrou a senadora.
“O saneamento básico é um direito humano fundamental e, como todos os outros direitos, requer a união de esforços entre sociedade civil e Poder Público no planejamento e na prestação dos serviços e dos cuidados. O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle dos meios transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais são medidas necessárias para que todas as pessoas possam ter saúde e vida dignas. Por isso, há que se ter em mente que justiça ambiental é parte integrante da justiça social”, afirmou.
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