Lula é o cara, é o ministro da esperança, garante Lindbergh Farias

Lula é o cara, é o ministro da esperança, garante Lindbergh Farias

Lindbergh: argumento da oposição de que Lula estaria fugindo do juiz Sérgio Moro é o mesmo que colocar o Supremo em suspeiçãoA decisão da presidenta Dilma de nomear o ex-presidente Lula para a Casa Civil, nesta quarta-feira (16), deixou a oposição atordoada, na opinião do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Em discurso, Lindbergh lembrou que os militantes e os trabalhadores estão em festa e voltam a acreditar numa perspectiva para vencer o ódio e o golpe que se tenta impetrar contra Dilma. Lula sinaliza a recuperação da economia e vai ajudar em muito o governo se reaproximar das bases sociais. 

“Lula será uma espécie de ministro da esperança. Ele chega num momento decisivo da vida política nacional”, disse. O senador acrescentou que a entrada em cena do ex-presidente abre espaço para o governo recuperar a articulação política e superar a crise atual. 

Lindbergh rebateu os argumentos da oposição contra a nomeação de Lula. O primeiro deles é o de que ele estaria tentando fugir da perseguição do juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, que já autorizou uma ação midiática injustificável contra o ex-presidente, ao obrigá-lo a depor de forma coercitiva sem uma convocação prévia. 

O senador lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF), órgão que deverá julgar qualquer ação contra Lula quando ele assumir como ministro, não pode ser colocado em suspeição por ser uma instituição independente. Aliás, o tal foro privilegiado é um caminho mais rápido para qualquer decisão judicial definitiva, uma vez que não há as instâncias inferiores para se recorrer. 

A outra choradeira dos que torcem pelo ‘quanto pior, melhor’, é a de que Lula assumiria o lugar de Dilma na condução do País. Lindbergh, porém, lembrou que ambos sabem trabalhar em conjunto, se respeitam e que o ex-presidente “nunca daria um passo sem consultar a presidenta da República”. 

“Isso é intriga de quem ficou desesperado. Porque eles acharam que o impeachment estava indo em uma direção [de ser concretizado], estavam animados com essa perspectiva. E o fato é que essa decisão política corajosa e ousada, surpreende, confundiu, e deixou a oposição atordoada”, afirmou. 

Recuperação econômica 

Lindbergh defendeu a construção de uma pauta para o crescimento econômico e para a proteção dos empregos. A possibilidade de uma reversão do cenário atual, com Lula no governo, faz recordar o que se passou em 2009, no auge da crise financeira mundial e o governo Lula tomou a corajosa iniciativa de baixar os juros e aumentar os gastos sociais. 

“O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, baixou em cinco pontos a taxa de juros: era 13,75% e caiu para 8,75%. O presidente aumentou o gasto social em 10% em 2009. É como ele fala sempre: colocar dinheiro na mão dos mais pobres estimula a economia”, destacou. 

Para Lindbergh, baixar a taxa de juros nesse momento dará um fôlego para recuperar a capacidade de investimento do País. “Vejo, inclusive, algumas vozes do mercado se mostrando preocupados com essa mudança da economia. Olha, sinceramente, os senhores sabem que o presidente Lula sempre foi muito responsável na condução econômica”, tranquilizou. 

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