Como o esperado, e sinalizado pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) há duas semanas, a inflação caiu mais um pouco e fechou marco em 0,43% ante 0,90% de fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, ficou em 9,39% no acumulado em doze meses ante 10,37% no acumulado em doze meses até fevereiro. Ficou, no acumulado deste ano, em 2,62%, abaixo dos 3,83% do acumulado de janeiro a março de 2015. Em março do ano passado o IPCA tinha ficado em 1,32% e a queda de agora pode sedimentar o caminho para a tão esperada redução das taxas de juros.
A queda da inflação tem a ver com a assimilação dos aumentos de preços administrados no ano passado, que causaram a alta dos índices, como reajuste das tarifas do transporte público, de energia elétrica e nos preços dos combustíveis. Passados esses realinhamentos de preços, a tendência para a inflação é de queda. O item energia elétrica, por exemplo, teve queda de 3,41% no IPCA por causa da redução à metade do preço da bandeira tarifária vermelha, que caiu de R$ 3,00 para R$ 1,50 da bandeira amarela, para cada 100 kilowatts-hora consumidos. Na região metropolitana de Salvador, as contas de luz caíram 8,55%.
Ontem, o IBGE divulgou o Índice Nacional da Construção Civil (INPC) que teve variação de 0,82% em março ante 0,84% de fevereiro.
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