Pinheiro: vontade política dos governos petistas concretizou antigas reivindicações |
Obras essenciais ao desenvolvimento do País só saíram do papel graças à vontade política dos governos do PT, afirmou o senador Walter Pinheiro (PT-BA), que na última segunda-feira (2), em pronunciamento ao plenário, fez um balanço de alguns projetos que aguardaram décadas para virar realidade, o que só começou a acontecer após a posse de Lula. Ele citou como exemplo a Ferrovia Oeste-Leste, que ligará a Bahia ao Tocantins. Essa ferrovia foi pensada há muitos anos por um deputado mineiro e baiano por adoção, Vasco Neto, que imaginava um traçado que ligasse a Bahia ao Peru. “Mas a materialização desse projeto só se no governo Lula, que resgatou a importância das ferrovias, estrutura modal mais ajustada às demandas do Brasil”.
Pinheiro citou a ampliação da oferta de vagas em universidades federais na Bahia, que estava estagnada há 60 anos e só foi retomada a partir do governo Lula. A primeira Faculdade de Medicina no Brasil foi instalada no centro histórico de Salvador, no Pelourinho, em 1808, com a chegada de Dom João VI. O estado teria que esperar quase um século e meio para ter sua primeira Universidade, a Federal da Bahia (UFBa). Depois disso, foram 60 anos com apenas uma instituição federal de ensino no estado com a quarta população do País.
“Passamos quase 60 anos com essa única Universidade”, lembrou Pinheiro. No governo Fernando Henrique, o senador sugeriu a criação de uma Universidade do Vale do São Francisco, sem sucesso. Essa instituição só viraria realidade no governo Lula, fruto da mobilização, com a marca da inovação e da ousadia, já que ela tem diversos campi na Bahia, no Piauí e em Pernambuco, com uma expansão já planejada para Alagoas e Sergipe. “Nós acompanhamos, no governo Lula, a importante política de interiorização do ensino superior”, destacou o senador. “Em seguida, abrimos a universidade Federal do Recôncavo Baiano. A campanha começou em 2000, não começou com Lula, mas só conseguimos que o projeto fosse implantado com a chegada do presidente Lula”, afirmou.
Inaugurada em 2006, a Universidade nasceu em quatro cidades, Cruz das Almas, Amargosa, Cachoeira e Santo Antônio de Jesus. “Agora já estamos vendo a universidade aumentar suas tendas, esticar suas barracas e chegar a outros cantos, como Feira de Santana. Precisamos vê-la chegar a Valença, a Nazaré”, defendeu. Dando sequência à mudança na área de Educação iniciada por Lula, Pinheiro apontou que, com a presidenta Dilma, a Bahia ganhou outras três novas universidades. “Acho fundamental fazermos esse resgate, esse balanço, sobre o que nós efetivamente modificamos. Isso significa mais vagas, mais pesquisas, atração de investimento e melhoria de cada uma dessas regiões”, assinalou.
Pinheiro, que estudou em escola técnica federal, destacou a importância dada ao tema pelo ex-presidente Lula, que foi encampado e fortalecido pela presidenta Dilma. A Bahia vai atingir a marca de 30 novas escolas técnicas, oferecendo, inclusive, curso superior. “É uma modificação substancial, uma capilarização importante, que vai ao encontro do desenvolvimento. Quero chamar atenção para o fato de que é verdade que essas coisas não começaram com Lula, com Dilma ou com Wagner [Jaques Wagner (PT), governador da Bahia], mas foi necessário que Lula, Dilma e Wagner adotassem posições muito firmes para que essa política pudesse ser consagrada, para que esse tipo de trabalho pudesse ser desenvolvido, principalmente em um estado como a Bahia que passou anos a fio sem nada, com uma política de uma nota só, com um única matriz de desenvolvimento”, disse.
Marcello Antunes