O senador Aníbal Diniz (PT-AC) destacou nesta quarta-feira (21/09) a defesa feita pela presidenta Dilma Rousseff, na abertura da 66ª sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), da criação do Estado Palestino.
Aníbal lembrou que a causa é apoiada pelo Brasil e por uma centena de países integrantes da ONU. O senador destacou que o reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno da ONU é um direito legítimo do povo palestino.
“O Brasil é um histórico defensor da criação de um Estado Palestino soberano, geograficamente coeso e economicamente viável, situado nos territórios ocupados por Israel desde 1967, a saber: Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. A defesa do reconhecimento desse Estado, compartilhada por quase toda a comunidade internacional, tem sua base jurídica em muitos instrumentos internacionais existentes, com destaque para a Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas 181, de 1947”, afirmou o senador.
Essa resolução criou o Estado de Israel e assegurou ao mesmo tempo, ao povo palestino, o direito à criação de um Estado que conviveria pacificamente com Israel, configurando o que se chama de “solução de dois Estados” para aquele conflito do Oriente Médio.
“E justamente por causa dessa posição histórica da nossa diplomacia em prol da convivência pacífica entre um Estado de Israel e um Estado Palestino que o Brasil reconheceu, já em 1975, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) como representante legítima do povo palestino. A partir daí, a OLP foi autorizada a designar uma representação em Brasília, que passou a funcionar na Missão da Liga Árabe no Brasil”, destacou o senador.
Ao longo dos anos, o Brasil vem dando apoio a todas as iniciativas destinadas à retomada das negociações de paz e ao estímulo do diálogo direto entre israelenses e palestinos.
A partir de 2007, o Brasil instalou um escritório de representação nos Territórios Palestinos, situado em Ramallah, o que elevou ainda mais o nível diplomático das relações Brasil-Palestina.
“Agora, os palestinos argumentam que foram obrigados a recorrer à ONU por causa da paralisação das negociações com Israel, fato que já dura mais de um ano. As últimas notícias dão conta que o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, pretende formalizar o pedido de adesão plena à ONU nesta sexta-feira, mesmo com as pressões contrárias dos governos israelense e americano, para quem a reivindicação palestina traria supostos prejuízos ao processo de paz. Então, é com expectativa que aguardamos os próximos entendimentos”, afirmou.