A necessidade de melhorar a qualidade da escola pública no Espírito Santo e nas demais unidades da federação foi realçada pela senadora Ana Rita (PT-ES).
Apesar de o estado desfrutar de um dos maiores índices de crescimento econômico do país, superior inclusive à média nacional, a senadora lamentou o resultado obtido pelas escolas incluídas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O estado, disse a senadora, ocupou a última posição entre as 23 mil escolas públicas e particulares avaliadas e teve ainda 31 escolas incluídas na lista das 100 piores do País. “Um resultado lamentável, que indica a falta de sensibilidade e de compromisso dos governos anteriores para investir na educação pública”, disse a parlamentar.
Ana Rita observou que embora os estados sejam beneficiados com uma arrecadação de impostos maior, foram justamente as escolas estaduais as que apresentaram o pior resultado.
No Espírito Santo, disse a senadora, mesmo com o PIB mais elevado, diversos indicadores sociais como o assassinato de mulheres e jovens, um sistema público de saúde deficiente no atendimento e tratamento à população e a má qualidade da educação ainda demandam esforços adicionais e políticas públicas comprometidas com a qualidade. “Há muito a fazer e a melhorar por parte dos governos federal, estadual e municipal e a sociedade deve se unir em torno de um grande pacto por educação publica de qualidade”, insistiu ao propor um modelo de gestão democrática nas escolas públicas.
Entre as medidas para melhorar a educação pública, Ana Rita citou plano de carreira para os professores, investimentos em formação profissional e a escolha de dirigentes por meios democráticos que legitimem sua atuação.
Ao final de seu pronunciamento, a parlamentar elogiou os esforços dos governos de Lula e de Dilma Rousseff para ampliar recursos para a educação, lembrando que em seis anos eles subiram de R$ 17 bilhões para R$ 80 bilhões, conforme dados divulgados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em reunião com senadores da bancada do PT nesta quinta-feira. Da mesma forma, disse a senadora, entre 2005 e 2009, os recursos orçamentários para esse fim aumentaram de 3,9% para 4,6%.
Agência Senado