Manifestações contra o sistema de Previdência privada no Chile tomaram conta das ruas do país, nesse domingo (26). Desde as 11h da manhã, a população protestou contra os fundos de pensão, as chamadas AFP, que desde a ditadura do general Pinochet está nas mãos de empresas privadas e que se alimenta de, pelo menos, metade das arrecadações.
O protesto foi convocado pelo movimento Coordenação Não+AFP e mobilizou no mínimo 2 milhões de manifestantes, segundo as estimativas oficiais. Na capital chilena, Santiago, o protesto reuniu diferentes públicos, entre militantes, cidadãos comuns e famílias nas ruas da cidade, desde a manhã de domingo.
A campanha Não+AFP com o objetivo de chamar a população a retirar a afiliação de algumas empresas administradoras dos fundos (Provida e Cuprum) teve início em outubro do ano passado e já promoveu quatro grandes manifestações, incluindo a deste domingo. O dirigente do movimento, Luis Mesina, destacou que o fim destas duas empresas se aproxima.
“Com essas ações, golpearemos o coração do sistema e avançamos em direção ao nosso objetivo final, que é acabar com as AFP e instalar um sistema público de pensões, solidário e para todos os chilenos”, disse Mesina. Segundo a representante da Nã+AFP, Carolina Espinosa, a marcha deste domingo foi “a maior da história”.