Saneamento básico concentra maior parte dos recursos, mas também há ações de educação ambiental, recuperação de áreas degradadas e projetos culturais
O investimento no programa de revitalização do rio São Francisco será de R$ 6,4 bilhões até 2015 – sendo que R$ 1,4 bilhão já teve as ações concluídas; R$ 3 bilhões estão em andamento; e R$ 2 bilhões, estão programadas. A maior parte desses recursos vão para as obras de saneamento básico, mas há também ações culturais e de preservação e educação ambientais. Cerca de 18 milhões de brasileiros, moradores da bacia, são diretamente beneficiados pelo programa. O levantamento foi divulgado na última terça-feira (4), durante atos públicos em cidades da região para comemorar o Dia de São Francisco, padroeiro da ecologia.
De acordo com o diretor de Revitalização de Bacias, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Renato Ferreira, a revitalização consiste em preservar, conservar e recuperar a bacia hidrográfica do rio São Francisco, por meio de ações integradas e permanentes, que promovam o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições socioambientais, o aumento da quantidade e a melhoria da qualidade da água. As ações envolvem União, estados, municípios e universidades ao longo da bacia, com participação da sociedade – tanto das organizações como individualmente. “As pessoas podem se engajar, evitando, por exemplo, o depósito de lixo em locais inadequados”, diz Ferreira.
Esgoto – Foram concluídas 44 obras de esgotamento sanitário e outras 113 estão em andamento. Os projetos preveem não só a rede de ligações domiciliares, coleta e tratamento, como também a construção banheiros nas casas das famílias de baixa renda.
A ampliação dos sistemas de abastecimento faz parte do Programa Água para Todos. As comunidades ribeirinhas estão sendo atendidas com 119 obras concluídas (entre elas, 126 mil cisternas de captação da água da chuva), 115 em andamento e 20 programadas. Cumprindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tem como um dos principais propósitos a redução dos lixões e aproveitamento de materiais para reciclagem, o MMA contribuiu com a elaboração dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Recuperação de ecossistemas – Foram criados sete Centros de Referência de Áreas Degradadas para modelos apropriados de recuperação de ecossistemas. Esses centros modificam as paisagens, prestam assistência técnica e oferecem cursos para cerca de 400 agricultores todos os anos, para que possam desenvolver sistemas agroflorestais, evitar erosões, preservar mananciais, fazer manejo de madeiras que usam para cercamento.
(Secom : Em Questão)
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