Na edição de dezembro da revista The New Yorker, a tradicional publicação norte-americana traz como um dos destaques reportagem sobre o governo Dilma e os avanços surpreendentes da economia brasileira. A matéria conta a história da presidente, com foco na trajetória econômico-social do País e sob o título “The Anointed”, ou seja, “A Ungida”, em tradução literal.
A New Yorker expõe a ascensão brasileira na última década para leitores de um mundo pouco acostumado a relacionar o Brasil com o título de potência econômica. Ressalta que, até recentemente, o Brasil poderia ser avaliado como uma nação iletrada e economicamente instável, mas destaca, contudo, que a economia brasileira está crescendo mais do que a economia americana e lembra que, na última década, 28 milhões de brasileiros deixaram a pobreza.
A reportagem, assinada por Nicholas Lemann, enumera os avanços dos governos do ex-presidente Lula e de sua sucessora. Destaca a primeira grande iniciativa de Dilma na Presidência: o lançamento do Brasil Sem Miséria, em junho, um “programa para varrer a pobreza”. “Até recentemente, o Brasil era um dos países mais desiguais economicamente e com pouca educação do mundo. Agora, sua economia cresce muito mais rapidamente do que a dos Estados Unidos. Vinte e oito milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema na última década. O País tem um orçamento balanceado, baixa dívida externa, emprego quase total e baixa inflação”, analisa o jornalista. O texto assinala ainda que os Estados Unidos são usados pela presidenta Dilma como “exemplo de como não lidar bem com a crise econômica global”.
Apesar de retratar o Brasil como um país “caoticamente democrático, que tem uma imprensa livre”, o texto aponta que alguns aspectos da realidade brasileira seriam “incompatíveis com o que se supunha ser uma sociedade livre bem-sucedida”. Lemann enumera “casos de corrupção”, “alta” criminalidade, “fraco” ensino público e infraestrutura portuária e rodoviária ruins. O texto diz que, entre as principais potências econômicas, o Brasil atingiu um raro feito: crescimento acelerado, liberdade política e desigualdade social em queda.
Com agências onlines
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