A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lançou, nesta terça-feira (6/12), uma rede que promete alavancar o número de projetos desenvolvidos com a tecnologia Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). A Rede de Fomento do iLPF acontecerá por meio de parcerias público-privadas para que mais agricultores tenham acesso ao sistema no País.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, destacou a importância de se levar técnicas até o produtor. “Com a tecnologia aplicada, o País terá muito mais produtividade. Sabemos que quem for um grande produtor de alimentos vai mudar o mundo, e esse não pode deixar de ser o Brasil”, afirmou o ministro.
Pelo acordo, em cinco anos serão aplicados R$ 2,5 milhões em ações de financiamento, desenvolvimento, controle e avaliação de desempenho, programas, projetos e atividades ligadas à iLPF. O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, acredita que esse sistema de produção é o futuro do Brasil. “Estamos em uma revolução verde e pretendemos, com esse sistema, duplicar a produção de grãos e carne no País”, afirmou.
No evento de lançamento, os parceiros da rede assinaram o protocolo de intenções que reitera o compromisso financeiro que as empresas têm com o produtor brasileiro. Segundo Mendes Ribeiro Filho, essa união de todos os setores é fundamental. “Temos a missão de ser um grande produtor de alimentos e somos apontados como um dos países mais prósperos na produção de carne, de grãos e
Tecnologia
A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é um dos pilares do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). O sistema busca alternar pastagem com agricultura e floresta em uma mesma área para recuperar o solo, incrementar a renda e gerar empregos. Trata-se de uma estratégia de produção que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado.
O sistema pode ser adotado por produtores rurais de todo país, independente do tamanho de sua propriedade. As combinações podem ser as seguintes: integrações agropastoris (lavoura e pecuária), silviagrícolas (floresta e lavoura), silvipastoris (pecuária e floresta), ou agrossilvipastoris (lavoura, pecuária, floresta). A meta do governo é aumentar a utilização do sistema em 4 milhões de hectares e evitar que entre 18 e 22 milhões de toneladas equivalentes de CO2 sejam liberadas.
Fonte: Portal Brasil com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento