Em audiência na tarde desta segunda-feira (23), em Montevidéu (Uruguai), a CUT solicitou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) que visite o Brasil para ouvir a classe trabalhadora sobre a Reforma Trabalhista.
Durante o encontro, que ouviu também representantes do governo, a União Geral dos Trabalhadores, a Nova Central, o Ministério Público, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) desconstruíram qualquer justificativa para a medida aprovada no Congresso Nacional desmontando direitos humanos e trabalhistas.
Secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara, destacou que a reforma implementada sem diálogo com a sociedade torna mais difícil o acesso à Justiça do Trabalho e submete os trabalhadores a situações degradantes.
“Em nosso país, por exemplo, as mulheres ocupam os trabalhos mais precários, irregulares e sem proteção. E agora será permitido que mulheres grávidas e lactantes trabalhem em locais insalubres, o que era expressamente proibido”.