A Polícia Civil de São Paulo começou a investigar, na última segunda-feira (06/02), as denúncias de tortura, abuso sexual e agressão física contra moradores do Pinheirinho,
Na última sexta-feira, o site do PT no Senado divulgou cópias dos depoimentos das vítimas ao Ministério Público, apresentadas por Suplicy em discurso na Tribuna do Senado.
Segundo os relatos, no dia da desocupação da comunidade — numa operação policial que chocou o País, pela violência — policiais militares teriam invadido uma residência e obrigado as mulheres a fazer sexo oral com um dos PMs.
Reportagem da Folha.com diz que cinco dias após duas mulheres, uma de 20 e outra de 26 anos, denunciarem supostas torturas, abusos sexuais, violência física e intimidação, que teriam sofrido nas mãos de “10 ou 12 policiais militares” da Rota, um delegado de polícia e um perito criminal compareceram à casa onde os fatos teriam acontecido, para examinar o local.
O delegado José Henrique de Paula Ramos, do 3º DP de São José dos Campos, compareceu depois de requisitado pelo promotor de Justiça Laerte Levai, e pelo senador Eduardo Suplicy, que também estavam presentes.
Segundo a Folha.com, “chorando muito, elas contaram aos policiais que, na noite de 22 de janeiro, mesmo dia em que ocorreu a ação de reintegração de posse na favela do Pinheirinho, em São José, preparavam-se para jantar em companhia de quatro amigos, inclusive um adolescente de 17 anos, quando os PMs chegaram”.
Outro trecho da matéria diz que um PM, a quem os colegas chamavam de “chefe”, teria obrigado as duas mulheres a fazer sexo oral com ele. Outro PM teria untado um cabo de vassoura com pomadas e talco e, assim, empalado o adolescente. O cabo de vassoura e calcinhas rasgadas, entre outros itens, foram recolhidos pela polícia técnica.
O promotor de Justiça Laerte Levai, que requisitou a perícia, também acompanhou o trabalho da polícia técnica. Na casa das vítimas, os peritos recolheram o cabo de vassoura e calcinhas rasgadas.
Assista a reportagem da Folha.com
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