O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, Walter Pinheiro (BA), em entrevista ao site PT no Senado, avaliou que o Brasil entrou na rota mundial de produção de tecnologia. A afirmação do senador foi feita depois de participar do GSMA Mobile World Congress 2012, evento mundial de tecnologia móvel realizado em Barcelona (Espanha) na semana passada, e da presidente Dilma Rousseff na Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Software e Serviços (CeBIT), em Hanover (Alemanha), há dois dias.
Para Pinheiro, houve uma “mudança de comportamento”, porque antes o Brasil era visto apenas como um mercado consumidor, no qual eram “desaguadas” algumas tecnologias até ultrapassadas, mas hoje ele também produz para o mundo. “O País passou a ser respeitado, a ser ouvido”, disse o parlamentar citando, por exemplo, que o Ginga – um software que permite o desenvolvimento de aplicações interativas para a TV Digital – foi desenvolvido nas universidades federais.
Outras pesquisas brasileiras que chamam a atenção do mercado externo, segundo o líder, são a radiação, a preservação ambiental, a padronização de frequência, a fabricação de celular, o acesso a banda larga, a inclusão, os aplicativos para saúde, educação, segurança e agricultura e a regulação da competitividade, do atendimento ao consumidor e do direito do investidor. “O Brasil é um dos países que mais tem tido cuidado com essa questão das regras, necessárias para garantir serviço e cobertura”, constatou.
Nesse sentido, diversas empresas estão aproveitando a construção dos parques tecnológicos da Bahia, Pernambuco, Rio Grande Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais para firmarem parcerias com instituições nacionais na área de pesquisa e desenvolvimento, além de instalarem unidades de produção no País. Para se ter uma ideia, representantes do Instituto Fraunhofer, que há três anos desenvolve trabalho conjunto com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), conheceram as instalações do parque baiano para avaliar a implementação de um projeto futuro que integrará as duas instituições
Centros de emergência
O senador ainda ponderou as novas tecnologias também precisam salvar vidas. E para isso, ele acredita que é imperioso ao Brasil construir centros de emergência. “Um País dessa dimensão não pode prescindir disso. Não é fazer um centro de emergência para a Copa. É um centro de emergência para o dia-a-dia, que vai cuidar da segurança do trânsito, da defesa civil e evitar catástrofes”, enfatizou.
Durante o congresso GMSA, Pinheiro conheceu os principais produtos desenvolvidos pela Ericsson, para centros integrados de emergência – tecnologia que integra serviços de polícia, bombeiros, defesa civil, atendimento médico emergencial e monitoramento do clima e do trânsito em tempo real, e, com atendimento à população através de um único número telefônico. Em outras oportunidades, o parlamentar também conheceu o atendimento prestado na Noruega, Suécia, Alemanha e Estados Unidos.
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