Ao longo de 2011, mais 2,7 milhões de brasileiros foram incorporados à classe média, migrando das classe DE para a Classe C, grupo que já representa 54% da população. É o que demonstra a pesquisa divulgada nesta quinta-feira (22/03) pela Cetelem, financeira do grupo francês BNP Paribas, em parceria com o instituto Ipsos. Em 2010, esse estrato social representava 53% da população. Já as classes AB contaram com a entrada de 230 mil pessoas vindas da C.
A pesquisa “O Observador Brasil 2011” demonstra que hoje, 103 milhões de pessoas fazem parte dessa classe social, enquanto a classe DE vem encolhendo: de 47,9 milhões de brasileiros (25% da população) em 2010, o grupo incluía 45,2 milhões de pessoas (24%) em 2011.
“Essas mudanças marcam a consolidação da mobilidade social que vimos ocorrer no Brasil nos últimos anos”, avalia Marcos Etchegoyen, diretor-presidente da Cetelem BGN. A pesquisa, realizada desde 2005, mostra que 63,7 milhões de brasileiros ascenderam socialmente no Brasil nos últimos sete anos. “É o equivalente a toda a população da Itália”, comenta Etchegoyen.
O grupo que mais contribuiu para essa evolução foi a classe C, que representava 34% da população em 2005, e hoje está em 54%.
As classes sociais utilizadas no estudo são as definidas pelo CCEB (Critério de Classificação Econômica Brasil), fornecida pela Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa).
O conceito não considera a renda, mas a posse de itens como eletrodomésticos, veículos, quantidade de cômodos na casa e grau de instrução do chefe de família.
A pesquisa mostrou ainda que a classe C foi a única camada da população cuja renda média familiar cresceu em
Outra revelação da pesquisa é o grau de otimismo do brasileiro, o maior entre as populações dos 13 países onde a pesquisa é realizada anualmente. A nota média dada pelos entrevistados à situação do País foi de 6,3 em
Ainda segundo a pesquisa, a renda mensal disponível da população brasileira cresceu mais de 20% em 2011, passando de R$ 368 no ano anterior para R$ 449. Esse impulso foi dado pela Classe C, com uma alta de quase 50% na renda disponível no mês, calculada pela subtração de todos os gastos do rendimento total das famílias.
No ano passado, a renda média familiar da classe C aumentou cerca de 8%, enquanto a das classes AB e DE ficou estável.
Com informações de agências onlines
Veja a pesquisa “O Observador Brasil 2011”