O juiz/cabo eleitoral falou pela primeira vez como ministeriável de Jair Bolsonaro, em Curitiba, nessa terça-feira (6). A entrevista foi marcada por elogios a colegas e a Bolsonaro, e respostas vazias a respeito da perseguição a Lula.
Também não ficou clara como será a atuação à frente do superministério entregue pelo pesselista. Moro evitou discordar publicamente das principais bandeiras de Bolsonaro: posse e porte de armas, maioridade penal e até ditadura, mencionando “convergências” entre os dois, defendendo que o presidente tem sido moderado.
Moro afirmou aos jornalistas que Lula está preso porque “cometeu crimes”, mas sua sentença fala apenas em “atos de ofício indeterminados”. Ou seja: não está especificado quais as ilegalidades que Lula, segundo ele, teria cometido em troca do triplex (que nunca foi do ex-presidente e está em nome de uma empreiteira).
Ao contrário, o juiz é quem atropelou a lei. Moro forçou Lula a depor cercado de policiais armados. Vazou gravação de grampo ilegal. Condenou sem provas. A sentença é confirmada em tempo recorde por amigos do juiz no TRF-4. Preso político, o líder das pesquisas é impedido de concorrer.