Os brasileiros que integram a nova classe média já são donos de mais de um terço das casas de praia e de campo do país. A renda mensal dessas famílias é de R$ 2.374. é o que revela a pesquisa do Instituto Data Popular, especializado no mercado de baixa renda, realizada a partir de dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) e dos censos de 2000 e 2010, realizados pelo IBGE.
Porto Alegre, Curitiba e São Paulo são as capitais com o maior número de pessoas com casas na praia ou no campo utilizadas como segundo lar. De acordo com o estudo, a classe C é dona de 1,46 milhão (37,1%) de casas e apartamentos de veraneio, enquanto a classe A possui 1,25 milhão (ou 31,8%). Já a classe B possui 1,23 milhão (31,1%) de residências como essas.
“Com mais dinheiro no bolso, a classe média começa a investir em uma segunda casa, pensando em constituir patrimônio e investir no lazer da família”, diz Renato Meirelles, sócio e diretor do instituto.
O Brasil ganhou em uma década 1,25 milhão de casas usadas para temporada de recreação e descanso das famílias, segundo dados dos censos. Em 2000, o país tinha 45,8 milhões de moradias fixas e 2,69 milhões de residências de veraneio. Dez anos mais tarde, esses números passaram para 57 milhões e 3,94 milhões, respectivamente.
O percentual de crescimento das casas de praia (46,45%) é quase o dobro do de moradias fixas (24,35%). “O aumento do trabalho formal, além de impactar na renda dos brasileiros, possibilita o recebimento de férias e 13º salário. Isso contribui substancialmente para a busca de soluções de lazer para toda família”, diz Meirelles.
Com informações da Folha de S. Paulo