“A construção da linha de transmissão de energia Boa Vista/Manaus é muito desejada pela população de Roraima, que não vê a hora de se livrar da dependência energética tanto do sistema de Guri, na Venezuela, como da usina de Jatapu”, informou Ângela Portela (PT-RR), em pronunciamento no plenário do Senado nesta quarta-feira (18/04). A senadora, que acompanha a obra, relatou as novidades que recebeu, nessa terça-feira, do Consórcio Transporte Energia, responsável pela construção.
Portela disse que José Elias Rosa, diretor técnico do Consócio, e Laura Urrejola, executiva do setor de meio ambiente da empresa, estiveram em seu gabinete na tarde de ontem e informaram que o Estudo e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) – dois documentos que integram o processo de licenciamento ambiental e servem como instrumento de Avaliação de Impacto Ambiental – do projeto será protocolado junto ao Governo federal, no dia 27 de maio do corrente.
O próximo passo será as audiências com prefeitos das cidades por onde a linha vai passar, ou seja, o percurso da BR-174. Os debates servirão para prestar esclarecimentos sobre as parcerias a serem estabelecidas, e o estágio dos trabalhos da obra. Se tudo correr como previsto, as obras da linha de transmissão de energia serão iniciadas em junho de 2013, e, em outubro próximo, deverá contratar cerca de três mil trabalhadores. E a previsão de conclusão da obra é 2015.
A senadora se comprometeu a ajudar no diálogo com os entes federativos envolvidos e a sociedade, por acreditar que a dependência energética de Roraima é a “grande responsável pelo atraso econômico e social do Estado”.
Racionamento
A obra integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e receberá investimentos da ordem de R$ 500 milhões. E promete por fim aos constantes racionamentos de energia elétrica em Roraima.
Atualmente, a população local sofre com a falta de capacidade de geração de energia da usina de Jatapu, em Caroebe, construída na década de 90, que atua a base de óleo diesel, e é interligada à usina termelétrica de São João da Baliza. Outro problema que gera queixas frequentes sobre o serviço prestado é o alto valor da tarifa.
Catharine Rocha
