Conselho de Ética nega mais prazo para a defesa de Demóstenes

Humberto Costa lembrou que seu relatório baseou-se principalmente em fatos admitidos pela própria defesa do senador goiano.

 

O relator do caso Demóstenes no Conselho de Ética, senador Humberto Costa (PT-PE), refutou pedido de mais prazo de defesa – 10 dias – apresentado pelo advogado do senador goiano sob o argumento de que o relatório preliminar que pede abertura de processo por quebra de decoro teria novidades. A negativa foi acatada pelo presidente do Conselho, Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). “O que está se discutido aqui é se vai haver processo ou não e ao longo do processo será garantido amplo direito de defesa”, disse Valadares.

Segundo Humberto Costa, a iniciativa não passa de um ato procrastinatório, pois seu relatório é baseado na representação protocolada pelo PSOL no dia 28 de março deste ano apontando suspeitas relações do senador com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Já havia sido garantido a Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) prazo de defesa em relação à peça acusatória que é a representação PSOL.

Apesar de a defesa de Demóstenes alegar “desconhecer 80% dos fatos” constantes do voto de Humberto, a essência do relatório preliminar baseou-se na própria defesa de Demóstenes, que reconheceu o recebimento de presentes de Cachoeira e das suas conversas telefônicas, que motivaram a representação.

São seis claros indícios de quebra de decoro no pedido original do PSOL: aferição de vínculo de Demóstenes com atividades ilícitas do Cachoeira, defesa de interesses particulares no exercício do mandato, mentiras em pronunciamento na tribuna, em 6 de março, recebimento de vantagens indevidas em função do cargo, tráfico de influência.

Na sessão do Conselho de Ética na manhã desta terça-feira (08/05), Humberto Costa, reforçou os argumentos apresentados em seu relatório pontuando os indícios em relação a Demóstenes Torres

Veja o resumo apresentado por Humberto Costa

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