O editor-executivo do jornal Valor Econômico, Cristiano Romero, traz hoje, em sua coluna, que pouco mais de um mês depois de anunciadas as seguidas reduções dos juros no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, paulatinamente adotadas também pelos bancos privados, começam a surtir efeito na tomada por crédito. Apesar da forte alta do salário mínimo manter o consumo aquecido, “a produção industrial patina”, adverte ele, para, em seguida, dar a “boa notícia de que o crédito começa a fliuir”.
Os números apresentados no artigo são do Banco do Brasil. O vice-presidente de Negócio de Varejo do Banco do Brasil (BB), Alexandre Abreu, confirma que “as concessões têm crescido de forma acelerada no último mês e meio”, como demonstram as operações realizada com pessoas físicas. “Na linha de crédito direto ao consumidor (CDC)”, registra Cristiano Romero, “a taxa média de juros cobrada pelo BB caiu de 2,41% para 2,19% ao mês entre março e maio. Nessa modalidade, o banco emprestou, em março, R$ 190,4 milhões por dia útil. Em abril, a média diária saltou para R$ 294,3 milhões e, em maio (até o dia 15), para R$ 322,4 milhões. O incremento por dia útil foi de 70%”.
A expansão do crédito aparece inclusive em setores que levam os bancos a adotarem postura mais conservadora, como no financiamento de veículos, por exemplo, que vem dando claros sinais de crescimento devido não somente à maior oferta de financiamento gerada pela liberação dos depósitos compulsórios e pela redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,29% para 1,09%, mas também à redução dos preços causada pelo corte no Imposto sobre a Produção Industrial (IPI). Todas essas medidas levaram os juros dos financiamentos de veículos a uma queda de 1,29% para 1,09%, por mês. Outro sinal é de que a liberação de crédito do Banco do Brasil mais do que triplicou, quando comparados os números dos meses de março e maio passados. Todos esses indicadores aparecerão com maior clareza nos dados oficiais que o Banco do Brasil deve apresentar nos próximos dias, mostrando crescimento da atividade de outras linhas de crédito.
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Crédito começa a fluir – Valor Econômico