O Partido dos Trabalhadores se manifestou solidariamente ao povo amapaense pelo o apagão que deixa a capital do Amapá sem luz há cinco dias.
Nas redes sociais, os senadores do PT também se manifestaram. O senador Jean Paul Prates (RN) lembrou que o governo federal disse que só será possível restaurar o abastecimento em 10 dias, e que a empresa privada que opera o Linhão de Tucuruí não tem equipamento reserva. O transformador queimado deve ser substituído pela Eletronorte, empresa pública.
“Quem propagandeia a ineficiência das estatais deve perguntar aos 862 mil habitantes do Amapá o que acham do fornecimento da sua energia. É hora de refletir sobre o papel do Estado em setores estratégicos e olhar com mais cuidado as teses neoliberais deste Governo”, ressaltou o senador Jean Paul.
“Essa não foi a primeira ocasião em que as empresas privadas cortam custos operacionais e precisam ser socorridas pelo Estado. O povo do Amapá sofre as consequências do Estado Mínimo. Quem vai pagar essa conta?”, perguntou Prates.
Já o senador Jaques Wagner (BA) disse que o apagão reforça que na hora do problema, quem resolve é o Estado brasileiro: “Para quem vive de dogmas e acha que nada que é estatal presta, esse episódio é bastante pedagógico. Na hora do aperto, é uma empresa estatal e seus trabalhadores que atuam para buscar soluções”.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS), demonstrou solidariedade ao povo do Amapá por meio de seus senadores, Davi Alcolumbre (DEM), Randolfe Rodrigues (Rede) e Lucas Barreto (PSD): “Por meio dos senadores, manifesto minha solidariedade ao povo do Amapá, que sofre c/a falta de energia, alimentos, água potável. O cenário é d caos. É preciso garantir a segurança das pessoas, salvar vidas, urgência nas ações”.
Leia a íntegra da nota do PT:
O Partido dos Trabalhadores manifesta solidariedade ao povo do Amapá, que experimenta há cinco dias um apagão do sistema elétrico em todo o estado por um acidente em um transformador de um fornecedor privado. É estarrecedora a falta de compromisso do governo de Jair Bolsonaro com o povo. O Palácio do Planalto demorou a reagir. O governado do Amapá decretou estado de calamidade pública.
O episódio traz um alerta que deve ser levado em conta pelo Congresso Nacional: a privatização do setor elétrico é um erro. Nem nos Estados Unidos o controle sobre recursos estratégicos – como água e energia – está nas mãos de interesses privados. A demora da empresa privada espanhola responsável pela Isolux em responder à crise e solucionar a falta de energia no Amapá mostra que a privatização do setor é um grande equívoco.
Hoje, quem está tratando de reverter a crise e garantir o suprimento emergencial de energia no Amapá é a Eletronorte, uma subsidiária da Eletrobrás. A holding responsável pelo sistema elétrico está prestes a ser vendida. O PT reitera: a privatização do setor elétrico é um desserviço para o Brasil e para o nosso povo.
Estranhamente, os militares não fazem qualquer oposição à entrega do setor elétrico brasileiro para empresas internacionais. Não se pode entregar um recurso estratégico aos interesses nacionais – como confirma o apagão no Amapá – à iniciativa privada. Ainda há tempo de impedir esse retrocesso que joga com o futuro do país.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores