#AnulaSTF

Documentos da empresa que Moro virou sócio atestam tríplex da OAS

"Até quando o ex-juiz e ex-ministro vai tripudiar do nosso Sistema de Justiça, com tantas evidências da sua atuação política na condenação ultrajante e na prisão injusta do presidente Lula?", questiona Rogério Carvalho, líder do PT no Senado
Documentos da empresa que Moro virou sócio atestam tríplex da OAS

Arte Agência PT

Novos documentos comprovam definitivamente que o apartamento tríplex usado pela Lava Jato para acusar e condenar o ex-presidente Lula nunca pertenceu a ele. Em petição enviada ao então juiz Sérgio Moro, em 19 de abril de 207, a defesa de Lula já exibia documentos comprovando que o tríplex era de propriedade da empreiteira OAS.

A prova apresentada pela defesa de Lula era um documento da consultoria Alvarez & Marsal, que listava o imóvel como patrimônio da OAS. Na época, a empresa Alvarez & Marsal, que agora contratou Sergio Moro, já era responsável pela recuperação judicial da empreiteira. O que torna ainda mais irrefutável e escandalosa a promiscuidade de Moro com a consultoria da qual se tornou sócio-diretor.

Na sessão remota do Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT-PE) comentou sobre o quanto o ex-ministro pode se beneficiar, pessoalmente, de suas ações ilícitas.

“Em outros lugares, são os donos, os proprietários das empresas que sofrem as sanções legais; aqui no Brasil foram as empresas e os empregados que sofreram durante a Operação Lava Jato, tudo capitaneado por Moro. Ele, na verdade, vulnerabilizou o Brasil, as nossas empresas, para atender agora aos predadores. Portanto, joga em todas as posições. Vai ganhar milhões de reais nessa empresa para salvar as empresas que ele quebrou”, declarou Costa.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), também comentou sobre a grave denúncia, a partir da informação de que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu notificar o ex-juiz Sergio Moro, para que ele esclareça se o trabalho que vai desenvolver na consultoria norte-americana de gestão das empresas Alvarez & Marsal tem relação com a advocacia.

“Parabéns para a OAB pela atitude sensata de pedir esclarecimentos para Moro, mas até quando o ex-juiz e ex-ministro vai tripudiar do nosso Sistema de Justiça, com tantas evidências da sua atuação política na condenação ultrajante e na prisão injusta do presidente Lula?”, questionou Carvalho.

Para ele, a decisão é “de grande importância, mas ainda insuficiente para restaurar a dignidade e a plenitude de direitos de Lula. É urgente que o STF anule essa condenação eminentemente política”.

“Não há um miserável documento que ateste isso”

O empresário Léo Pinheiro, da OAS, fez dois acordos de delação premiada, lembra o jornalista Reinaldo Azevedo em sua coluna no Uol desta quarta-feira (2). “Um primeiro foi anulado por Rodrigo Janot sem explicação clara. Alegou-se descontentamento com vazamentos. Não se sabe o que continha, mas se sabe que ele não acusava Lula”, completa Azevedo.

E continua Reinaldo Azevedo: “no dia 20 abril de 2017, no entanto, em depoimento a Moro, fora do ambiente de delação, Pinheiro falou o que a força-tarefa queria que ele falasse”. Na delação, Pinheiro disse que a reforma do tríplex seria um prêmio da empreiteira dado a Lula como fração de recursos desviados da Petrobras, que existiriam numa contabilidade informal. No entanto, destaca o jornalista, “não há um miserável documento que ateste isso”.

O resultado da armação construída por Sergio Moro e pelos procuradores resultou na condenação de Lula e no seu afastamento do processo eleitoral de 2018. Os diálogos da relação ilegal, à revelia do Ministério da Justiça do Brasil, entre a Lava Jato e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e com o FBI foram tornado públicos pelos sites The Intercept e Pública, desde o ano passado. Agora, com Moro assumindo seu papel de mentor da farsa não resta ao judiciário brasileiro anular a condenação do ex-presidente Lula.

Com Agência PT de Notícias

To top