O senador Jaques Wagner (PT-BA) protocolou requerimento na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Senado para que se abra uma investigação sobre a notícia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para obter os documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do caso Queiroz. O parlamentar solicitou também que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, preste esclarecimentos sobre os fatos.
“As informações trazidas pela reportagem de Guilherme Amado, na Revista Época, são extremamente graves. Mostra o uso do estado brasileiro para servir a uma pessoa, seja ela quem for”, relatou. “Tudo isso é um absurdo. É um verdadeiro estado policial trabalhando para defender crimes que eventualmente tenham sido cometidos por familiares do presidente da república. O Brasil não merece ser enxovalhado dessa forma”, completou o senador.
Nos documentos, Wagner reforça que a lei que regula o sistema de inteligência do Brasil é muito clara ao estabelecer que sua função está limitada à segurança do Estado e da sociedade, e não aos interesses específicos de governos.