O senador Lindberg Farias (PT-RJ) defende que o estado do Rio de janeiro inverta as prioridades de investimentos no sistema de trens, realizando reformas e melhorias nas linhas de trem operadas pela SuperVia, para que elas se tornem um metrô de superfície. Para é urgente investir nos trens, que atendem os moradores do subúrbio e da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Lindberg participou, na noite da última segunda-feira (7) do seminário “Mobilidade e Direito às Cidades”, organizado pela Fundação Perseu Abramo e pela Caravana da Cidadania do PT. Ele criticou o governo do estado do Ri8o de janeiro, que tem concentrado investimentos na Zona Sul e na Barra da Tijuca, citando os cerca de R$ 8,5 bilhões que estão sendo aplicados na Linha 4 do Metrô, que vai ligar Ipanema à Barra da Tijuca.
“É preciso melhorar as estações ferroviárias, que hoje estão completamente abandonadas, melhorar o acesso das pessoas, e oferecer intervalos menores entre as composições. Nada contra a Barra da Tijuca, mas é preciso investir em transporte para as pessoas que mais precisam, que sofrem diariamente com o transporte público. Hoje, o morador da Baixada perde mais de três horas para ir até o Centro do Rio e mais três para voltar para casa”, afirmou.
O senador também defendeu a intervenção maior do governo do estado no papel de fiscalizador do transporte público. “Do jeito que a Agetransp (Agência Reguladora dos Transportes do Estado do Rio) está, não dá. O governo está capturado pelas empresas privadas”. Lindberg propõe a realização de um estudo sobre a viabilidade de uso do transporte aquaviário na Baía de Guanabara. “Tem que haver uma solução melhor do que a Ponte Rio-Niterói para o morador de São Gonçalo”, exemplificou.
O seminário “Mobilidade e Direito às Cidades” foi realizado no auditório da Caixa de Assistência dos Advogados (CAARJ), no Centro do Rio, contou com as participações do deputado federal Jorge Bittar, do deputado estadual Gilberto Palmares, além do arquiteto Sérgio Magalhães, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), do diretor da Associação Nacional de Transportes Urbanos, Marcos Bicalho, dos representantes da Associação Nacional dos Usuários de Transporte, Marcelo Santos, e do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio, Luís Cosenza.
Mais opções de transporte
O arquiteto Sérgio Magalhães, que atuou no Programa de Estruturação Urbanística no projeto Bairro Escola, quando Lindberg foi prefeito de Nova Iguaçu, também criticou o governo do estado pela concentração de investimentos na Zona Sul e na Barra. “A região metropolitana do Rio concentra 75% da população do estado, cerca de 12 milhões de habitantes. É preciso que se invista mais no transporte ferroviário. Infelizmente, a opção que tem sido aplicada é a opção rodoviarista, em que o carro é o principal meio de transporte”, afirmou.
Assessoria do senador Lindberg Farias