Mais de 65 mil postos de vacinação estarão abertos neste sábado, 26, em todo o País, no Dia D de mobilização contra a gripe. A iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais, tem o objetivo de reforçar a importância da vacinação para o público prioritário no Sistema Único de Saúde (SUS).
Neste ano, 49,6 milhões de pessoas integram o grupo prioritário. Durante a campanha, que se estenderá até 9 de maio, serão vacinadas crianças de 6 meses a menores de 5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 80% de cada grupo prioritário, com exceção dos doentes crônicos.
Para realizar a mobilização, o Ministério da Saúde colocou à disposição das secretarias estaduais de saúde 53,5 milhões de doses da vacina, que protege contra os três subtipos do vírus da gripe recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A campanha conta com a participação de cerca de 240 mil pessoas e dependerá do uso de mais de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.
A campanha de vacinação é realizada no período que antecede o inverno porque a criação de anticorpos ocorre entre duas e três semanas após a aplicação da dose. O período de maior circulação da gripe é de final de maio a agosto. As pessoas com doenças crônicas devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados, sem a necessidade de prescrição médica.
Segurança
A vacina é ofertada a grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias, conforme recomendação da OMS. Ela é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação contribui para a redução de até 32% a 45% no número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% na mortalidade por complicações da influenza.
Após a aplicação, podem ocorrer, de forma rara, reações leves e passageiras, como dor no local da injeção, eritema e induração. A vacina é contraindicada apenas para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
Prevenção
A vacinação contra gripe é uma importante ação de prevenção, mas não dispensa medidas básicas de proteção. São cuidados simples, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
A transmissão da gripe acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas da boca, dos olhos, do nariz.
Em caso de síndrome gripal (febre acompanhada de sintomas respiratórios como tosse e dor na garganta), deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível, especialmente se a pessoa integra um dos grupos de maior vulnerabilidade para complicações, mesmo que tenha tomado a vacina.
Os sintomas da gripe são febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. O agravamento ou complicação de um quadro de gripe pode ser identificado por falta de ar, febre que dura mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
Fonte: Agência Saúde