“Se há uma clara preferência pela reeleição demonstrada até aqui, apesar da torcida contra de boa parte da grande mídia nacional, isso se deve ao mérito do governo de adotar iniciativas e desenvolver políticas sociais consistentes que fizeram e fazem a diferença para a população”, afirmou o senador. “Eu sou muito tranquilo no que diz respeito a esse momento que nós estamos vivendo”. Para ele, se houvesse uma rejeição explícita da população em relação ao governo Dilma, certamente a pontuação da presidenta nas pesquisas estaria menor do que a soma dos seus adversários. “Até aqui, Dilma tem resistido sempre na liderança e nós temos muita confiança, muita convicção de que vamos crescer mais, com o início do horário eleitoral gratuito, quando será possível apresentar, com muito mais clareza, quais foram as suas realizações e quais são os seus planos para os próximos quatros anos”.
Aníbal está convicto da reeleição da presidenta e considera o horário eleitoral um ponto chave para consagrar a tendência que as pesquisas já mostram. “Por enquanto, temos enfrentado uma situação de desigualdade, na medida em que a grande mídia tem sido francamente favorável aos candidatos da oposição, tentando explorar todos os defeitos do governo e, ao mesmo tempo, tentando exibir, de maneira farta, todas as qualidades dos candidatos adversários”, avalia o senador.
Ele considera as conquistas do atual governo argumentos suficientes para sacramentar a vitória da candidatura petista. “Para relembrar alguns desses resultados, podemos citar que a parcela da população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e 2012, segundo relatório do programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado nesta quinta-feira. Isso representa uma importante redução de 22,5%”. No mesmo período, destacou Aníbal, a fatia da população próxima a esse estado de pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%, e a proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5%.
O novo Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) usa critérios mais abrangentes para avaliar o padrão de vida de um país, ao levar em conta indicadores de saúde (nutrição e mortalidade infantil), educação (anos de estudo e taxa de matrícula) e a qualidade do domicílio (gás de cozinha, banheiro, água, eletricidade, piso e bens duráveis). Isso tudo é muito relevante.
Também podemos citar o documento elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) este ano, revelando que, de 1990 a 2012, a taxa de extrema pobreza no Brasil teve uma redução de 25,5% para 3,5%. E que, já em 2002, o Brasil atingiu o objetivo de reduzir a taxa de extrema pobreza para a metade do nível registrado na década de 1990.
“Com a criação dos programas Bolsa Família, Cadastro Único e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da agricultura familiar, o Brasil atingiu uma meta ainda mais ousada: em 2008, a taxa de pobreza extrema passou a equivaler a um quarto do índice registrado em 1990. E essa sequência de sucesso do governo do ex-Presidente Lula teve continuidade com a gestão da Presidenta Dilma Rousseff, que lançou o Plano Brasil sem Miséria”, lembrou Aníbal.
Ele citou também avanços como o Plano Nacional de Educação (PNE), que define as 20 metas para a educação e que determina que o investimento no setor crescerá até 2024, atingindo o equivalente a 10% do PIB ao ano. “Esta é uma outra dimensão muito importante, que deve ser considerada”. Para o senador, isso demonstra a preocupação deste governo com a educação e com a redução da pobreza, com a educação e com o social. “Hoje, que crianças e adolescentes de 49 mil escolas públicas em todo o País já contam com educação em tempo integral. O objetivo agora é chegar a 60 mil escolas com ensino de tempo integral. Essas escolas são frequentadas por alunos beneficiários do programa Bolsa Família. O Bolsa Família é um programa premiado que, além de contribuir para a diminuição da desigualdade no País, também permite cada vez mais autonomia às mulheres”.