O projeto prevê R$ 5 milhões para um investimento de quatro anos garantindo a reativação das frentes de proteção aos isolados com infraestrutura como barco e pessoal de apoio. “Precisamos dar as condições materiais para que os profissionais da Funai, técnicos e especialistas possam oferecer o cuidado necessário, especialmente na área da saúde. Para que a gente não repita histórias passadas. Sabemos que 70% dos povos indígenas morrem nos primeiros três anos de contato”, alertou o senador Jorge Viana.
O senador explicou que o governo tem optado por “uma política muito acertada” de “não procurar fazer o contato com esses índios isolados”, mas precisa se preparar para atendê-los quando povos indígenas tomam a iniciativa de se aproximarem, como ocorreu no final do mês passado.
“Os índios isolados vivem na floresta. São centenas deles. Parece pouco crível, mas existem pessoas que estão na floresta, que têm suas famílias e que não têm contato com nada disso que nós achamos tão essencial na vida. E o Acre tem o maior contingente de índios isolados. Há, pelo menos, quatro áreas com esses grupos. Talvez não haja neste momento uma causa, do ponto de vista humano, mais nobre do que esta”, disse ele.
O senador também recebeu apoio da presidente Dilma, com quem conversou pela parte da manhã, durante solenidade no Palácio do Planalto. “Quero parabenizar o sertanista José Meirelles, o Terri Aquino, o Guilherme Siviero, o pessoal da CPI, da Funai, do governo do estado e todos que trabalham com a causa indígena no nosso estado. Conseguimos a aprovação do projeto e estou voltando para o Acre contente de ter ajudado. Vou ficar na torcida para que os sertanistas e os que lidam com essa causa possam ter sucesso, e que o Acre seja uma referência nova na relação com índios isolados no Brasil e no mundo”, declarou Jorge Viana.
Fonte: Assessoria do senador Jorge Viana