Veja quer interferir no processo eleitoral, acusa Jorge Viana

Viana: senador lembrou da tentativa de transformar bolinha de papel em crise institucional“Na tentativa de atingir o governo, por meio do desgaste, da sagria, diminui-se um dos maiores patrimônios dos brasileiros, que é a Petrobras. Isso não é bom para o País”, afirmou. “Cria-se uma farsa para tentar transformar algo corriqueiro dentro das casas legislativas do Brasil inteiro, dos tribunais, em um escândalo”, completou.

Veja quer interferir no processo eleitoral, acusa Jorge Viana

Viana observou que a Veja padece de credibilidade quando trata de assuntos ligados ao governo, ao Partido dos Trabalhadores e seus aliados. “Essa revista faz muito tempo que virou uma força auxiliar da oposição”, disse.

O senador acriano ressaltou que já virou praxe, às vésperas de eleições, a produção de acusações para sangrar candidatos. Ele recordou do episódio em que o então candidato a presidência José Serra, em 2010, foi atingido por uma bola de papel durante ato político. À época, os jornais do País noticiaram que Serra havia sido atacado pela militância petista com um tijolo. Mas, em 24 horas, a imprensa foi desmentida e descobriu-se que a bolinha de papel fora jogada por um assessor do candidato.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) destacou que o caso é um dos fatos retrados no documentário “O mercado de notícias”, de Jorge Furtado. O filme reúne entrevistas com 13 jornalistas sobre a pratica da profissão. “A mais importante das entrevistas talvez seja a de Janio de Freitas, que falou de como nem sempre a imprensa procura a verdade com correção”, avaliou Suplicy.

Jorge Viana emendou chamando Janio de Freitas de um “mestre do jornalismo” e que embora seja um conhecido crítico do governo, sempre adota uma posição contundente. No caso da publicação falaciosa da Veja não foi diferente. Nesta terça-feira (5), Janio, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, mostrou que nenhum procedimento ilegal foi adotado nas comissões que investigam a estatal do petróleo. (lei a íntegra do artigo aqui)

Viana ainda reproduziu falas de algumas mesas sobre o papel do jornalismo na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). “No maior evento literário do País, muitos jornalistas falaram que não existe jornalismo sem opinião, sem lado, e que o ideal seria o veículo assumir essa posição político-partidária. Lamentavelmente, no Brasil a gente experimenta isso. É uma coisa nebulosa”, advertiu, após enfatizar que permanece defensor absoluto da liberdade de imprensa.

Canoa furada

Questionado pelo senador oposicionista Cyro Miranda (PSDB-GO) de que a imprensa produz “uma peça de ficção” contra o governo, Jorge Viana ponderou que “as denúncias devem ser investigadas, mas que às vésperas de eleição não se pode embarcar em barca furada”.

O petista ainda rebateu a tese do tucano de que Petrobras estaria se deteriorando nos últimos quatro anos. “Quando o ex-presiente assumiu a Presidência, a Petrobras valia R$ 15 bilhões; chegou a R$ 300 bilhões e hoje está estimada em R$ 130 bilhões. Após enfrentar a maior crise financeira mundial, permanece com um valor dez vezes superior ao do governo PSDB”, disse, lembrando que todos os números da estatal são muito superiores ao da era tucana, quando a empresa quase foi vendida, tornando-se a principal fonte de financiamento de prefeituras e da educação.

“A oposição que cobra tanto podia nos ajude a implantar a CPI do Metrô lá em São Paulo, mas isso pode ser feito depois da eleição para não contaminar o resultado”, finalizou Viana, pedindo apoio do oposicionista para apurar denúncias reais e não fabricadas. 

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