O inferno de Bolsonaro: preço de alimentos segue em alta recorde
Economistas avaliam que o grupo Alimentos e bebidas não voltará a apresentar queda em outubro, como em setembro. Falta governo sério para haver uma redução efetiva
Apesar das mentiras recorrentes de Bolsonaro sobre a “queda da inflação”, nas feiras e nos supermercados os preços continuam acumulando altas recordes. E os analistas do mercado já projetam a retomada das altas no fim do mês. Em 12 meses, a inflação acumulada pelo grupo Alimentação e Bebidas foi de 11,71% até setembro, bem acima dos 7,17% do IPCA no período. Em 2022, a carestia de alimentos chega a 9,54%, mais que o dobro do IPCA acumulado neste ano (4,09%).
Segundo Paulo Jager, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Rio de Janeiro, no portal Brasil de Fato, as famílias mais pobres sentem a carestia de alimentos ainda mais porque os produtos seguem num patamar elevado diante do valor do salário mínimo. É o que demonstra o cálculo do Dieese da cesta básica na capital fluminense.
“As pessoas sentem seus orçamentos de maneira muito diferenciada. Tem gente que consome mais remédios, tem gente que tem automóvel e percebe mais imediatamente a redução do preço da gasolina. Mas para outras famílias, as coisas mais relevantes não tiveram redução de preço”, prossegue o economista.
Segundo Jager, as famílias mais pobres sentem a carestia de alimentos ainda mais porque os produtos seguem num patamar elevado diante do valor do salário mínimo. É o que demonstra o cálculo do Dieese da cesta básica na capital fluminense.
Em setembro, a cesta básica no Rio custava R$ 714,14, o equivalente a 63,7% do orçamento e a 129 horas e 38 minutos de trabalho mensal. Três anos atrás, em setembro de 2019, o valor da cesta era de R$ R$ 458,21, o equivalente a 49,91% do orçamento e a 101 horas e 1 minuto de trabalho.
“Quem ganha um e meio ou até três salários mínimos está com o orçamento muitíssimo apertado”, conclui Jager. “Isso sem considerar milhões de pessoas desempregadas, que sequer vão procurar emprego porque não vão conseguir, ou que estão empregadas, mas têm uma remuneração muito baixa”, enumera o pesquisador.
“Tem gente que está naquele contrato intermitente e não consegue trabalhar uma quantidade de horas mensais suficientes nem sequer para ter uma renda mínima necessária”, lembra ainda o supervisor técnico do Dieese.
Redução de preços de alimentos
Paulo Jager diz que uma redução efetiva nos preços dos alimentos, com impacto real no orçamento das famílias, ocorreria apenas se o governo federal retomasse investimentos no setor da agricultura familiar e nos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além de criar estímulos para a agropecuária de grande porte vender a produção no mercado interno.
“O governo pode voltar a estimular a produção local do país em insumos para esse setor, por exemplo, no caso dos fertilizantes”, enumera o economista. “Poderia mexer um pouco na taxa de câmbio, porque isso baratearia um pouco as importações desses insumos e desestimularia essa venda tão grande voltada ao exterior, porque tornaria mais atraente a venda aqui internamente”, explica. Ou seja, tudo que o desgoverno Bolsonaro não fez.
Apesar das mentiras recorrentes de Bolsonaro sobre a “queda da inflação”, nas feiras e nos supermercados os preços continuam acumulando altas recordes. E os analistas do mercado já projetam a retomada das altas no fim do mês. Em 12 meses, a inflação acumulada pelo grupo Alimentação e Bebidas foi de 11,71% até setembro, bem acima dos 7,17% do IPCA no período. Em 2022, a carestia de alimentos chega a 9,54%, mais que o dobro do IPCA acumulado neste ano (4,09%).
Segundo Paulo Jager, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Rio de Janeiro, no portal Brasil de Fato, as famílias mais pobres sentem a carestia de alimentos ainda mais porque os produtos seguem num patamar elevado diante do valor do salário mínimo. É o que demonstra o cálculo do Dieese da cesta básica na capital fluminense.
“As pessoas sentem seus orçamentos de maneira muito diferenciada. Tem gente que consome mais remédios, tem gente que tem automóvel e percebe mais imediatamente a redução do preço da gasolina. Mas para outras famílias, as coisas mais relevantes não tiveram redução de preço”, prossegue o economista.
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Segundo Jager, as famílias mais pobres sentem a carestia de alimentos ainda mais porque os produtos seguem num patamar elevado diante do valor do salário mínimo. É o que demonstra o cálculo do Dieese da cesta básica na capital fluminense.
Em setembro, a cesta básica no Rio custava R$ 714,14, o equivalente a 63,7% do orçamento e a 129 horas e 38 minutos de trabalho mensal. Três anos atrás, em setembro de 2019, o valor da cesta era de R$ R$ 458,21, o equivalente a 49,91% do orçamento e a 101 horas e 1 minuto de trabalho.
“Quem ganha um e meio ou até três salários mínimos está com o orçamento muitíssimo apertado”, conclui Jager. “Isso sem considerar milhões de pessoas desempregadas, que sequer vão procurar emprego porque não vão conseguir, ou que estão empregadas, mas têm uma remuneração muito baixa”, enumera o pesquisador.
“Tem gente que está naquele contrato intermitente e não consegue trabalhar uma quantidade de horas mensais suficientes nem sequer para ter uma renda mínima necessária”, lembra ainda o supervisor técnico do Dieese.
Redução de preços de alimentos
Paulo Jager diz que uma redução efetiva nos preços dos alimentos, com impacto real no orçamento das famílias, ocorreria apenas se o governo federal retomasse investimentos no setor da agricultura familiar e nos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além de criar estímulos para a agropecuária de grande porte vender a produção no mercado interno.
“O governo pode voltar a estimular a produção local do país em insumos para esse setor, por exemplo, no caso dos fertilizantes”, enumera o economista. “Poderia mexer um pouco na taxa de câmbio, porque isso baratearia um pouco as importações desses insumos e desestimularia essa venda tão grande voltada ao exterior, porque tornaria mais atraente a venda aqui internamente”, explica. Ou seja, tudo que o desgoverno Bolsonaro não fez.
(Com informações de IBGE)