JUSTIÇA

Senadores repercutem operação da PF na casa de Bolsonaro

"É questão de tempo para o golpista responder por seus atos", afirma Beto Faro
Senadores repercutem operação da PF na casa de Bolsonaro

PF faz operação na casa de Bolsonaro nesta quarta-feira (3). Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Senadores do PT repercutiram a operação da Polícia Federal (PF) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (3), em Brasília. A avaliação é de que o cerco está se fechando e é questão de tempo para que o candidato derrotado em 2022 responda por seus crimes na gestão da pandemia de Covid-19.

“É questão de tempo para o golpista responder por seus atos que em tese são: infração de medida sanitária preventiva, inserção de dados falsos de informação. Mas sabemos que daí vão surgir muitos mais!”, declarou o senador Beto Faro (PT-PA).

A operação está no âmbito do inquérito das “milícias digitais”, que tramita no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro, apesar de não ter sido alvo de mandado de prisão, deve prestar depoimento ainda hoje na PF de Brasília.

Ao todo, seis pessoas foram presas até às 8h20, segundo informações da Globo News. Entre eles, está o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, além dos assessores pessoais do ex-presidente Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que trabalhavam no Planalto.

Mauro Cid também está sendo investigado no escândalo das joias milionárias vindas da Arábia Saudita. Foi ele quem articulou, para Bolsonaro, as tentativas para recuperar os itens de luxo retidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP). Além das prisões, o celular pessoal de Bolsonaro também foi apreendido.

“PF apreende celulares de Jair Bolsonaro e Michelle em operação contra dados falsos de vacinação. Ex-presidente se negou a divulgar as senhas. Já diz o ditado: quem não deve não teme…”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE), no Twitter.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, um grupo teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Desta forma, essas pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e usá-los para burlarem restrições sanitárias impostas pelo Brasil e os Estados Unidos no período da pandemia.

Os certificados de vacinação forjados, segundo informações da TV Globo e GloboNews, são de Jair Bolsonaro e da sua filha, Laura, de 12 anos. Além deles, os dados de Mauro Cid e sua família (esposa e filha) também teriam sido manipulados.

Outros membros do clã Bolsonaro seguem sob investigação, como é o caso da ex-primeira-dama Michelle.

Confira outras manifestações dos senadores do PT:

Rogério Carvalho:

Teresa Leitão:

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