Após seis meses da retomada do programa Mais Médicos pelo presidente Lula, o país bate recorde no número de profissionais em atuação na área da saúde primária. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), pelos menos 18,5 mil especialistas atendem atualmente em aproximadamente 4 mil municípios brasileiros.
O recorde anterior havia sido alcançado no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, que criou o programa em 2013. Em 2015, 18,2 mil médicos estavam em atuação no país. Na época, os médicos cubanos representavam mais de 60% do total de profissionais.
Abandonado pelo governo de Bolsonaro, o programa social foi relançado pelo presidente Lula em março deste ano e trouxe de volta a garantia de atendimento médico ao povo, com expansão aos moradores das periferias, cidades do interior e às comunidades vulneráveis, como indígenas e quilombolas. Desde o início da terceira gestão Lula, cerca de 13 mil novos médicos foram contratados e a maioria dos profissionais são formados no Brasil.
O presidente Lula enfatiza que o Mais Médicos vai se transformar em um padrão de atendimento de saúde para os brasileiros e brasileiras e veio para ficar definitivamente no Brasil. “O Mais Médicos é a possibilidade de levar essa gente até o paciente. A pessoa tá na cama, a pessoa não pode andar, tá lá o médico, tá o agente de saúde indo lá, perto dele, para dar o mínimo de respeitabilidade que o ser humano precisa ter neste país”, afirmou Lula, quando o programa foi sancionado, no mês passado. “Essa nova versão do Mais Médicos, veio para ficar definitivamente e se transformar em um padrão de saúde neste país”.
Durante o ano de 2023, serão contratados mais 15 mil profissionais, fazendo com que o número de médicos participantes chegue ao recorde de 28 mil. Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento na atenção primária, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).
Avanços com os governos do PT
A coordenadora do Setorial Nacional de Saúde do PT, Eliane Cruz, falou recentemente sobre o retorno do Mais Médicos. Ela destacou os avanços da iniciativa nos governos do PT e reforçou a importância da retomada do programa e do acesso do povo aos serviços de saúde.
“O Mais Médicos ele é uma política bastante acertada dos governos do PT. Desde a sua criação, em 2012, e agora, com sua retomada em 2023″, observou Cruz. “Muito importante a adesão dos médicos ao programa, o aumento de pessoas que estão se candidatando, que estão sendo contratadas. ,E principalmente, este programa atende os vazios existentes, como as periferias, os distritos sanitários indígenas, com histórias de rua, o sistema prisional. E amplia, de fato, o acesso da população a cuidados primários em saúde”.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que o Mais Médicos agrega estratégias de atendimento, com incentivos de formação e atenção aos profissionais, em parceria com os estados e municípios em suas particularidades.
“O que é nossa intenção fazer é reforçar uma política específica pra casa região, para cada estado, isso tem que ser feito junto com as secretarias estaduais e municipais de saúde, que é isso que dá essa capilaridade ao SUS, mas em muitos programas, como é o Mais Médicos, os incentivos de formação: não deixar esses profissionais de saúde isolados, o credenciamento de novas equipes de saúde da família, também a oferta de cursos de formação, incentivos que permitam uma maior fixação desses profissionais”, observou a ministra.
“São estratégias que precisamos sem dúvida avançar, mas eu creio que o caminho seja de olhar, de fato, para as particularidades de cada estado e região brasileira para podermos avançar nesta agenda”.
Médicos no interior e nas periferias
Marco nos governos Lula e Dilma, o programa Mais Médicos foi lançado em julho de 2013 e resolveu um problema histórico no Brasil de falta de doutores nas periferias das grandes cidades e no interior do país.
O programa contratou 18.240 profissionais, que atenderam 63 milhões de brasileiras e brasileiros. Em 2016, quase metade dos municípios brasileiros só tinham médicos contratados pelo programa, que, mesmo assim, foi alvo de desmonte até ser extinto por Bolsonaro.