Levantamento, realizado pela rede ambientalista Friends of the Earth Europe, mapeou a relação entre o lobby do agronegócio no país e as empresas agroquímicas europeias. Conforme o estudo, essas empresas se beneficiam do enfraquecimento de regulamentações ambientais e da liberação de uso de agrotóxicos, impulsionados por Bolsonaro.
Apenas durante o governo Bolsonaro, mais de 1.600 agrotóxicos foram liberados no Brasil. E o impacto dessa política reflete diretamente na morte de brasileiros. A mesa do brasileiro repleta de veneno resulta na morte de um compatriota a cada dois dias. E o mais grave: pelo menos 20% das vítimas por intoxicação com agrotóxicos no Brasil são crianças e adolescentes com até 19 anos.
Em fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou o PL do Veneno (PL 6299/2002) por 301 votos, mesmo com voto contrário do Partido dos Trabalhadores. Com a flexibilização do uso de agrotóxicos proibidos em diversos países, por serem considerados cancerígenos, perigosos e nocivos à saúde humana, a vida do povo brasileiro está em risco.
Atualmente, a liberação depende do Ministério da Agricultura. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que antes participavam da avaliação dos agrotóxicos, terão apenas papel consultivo.