A força-tarefa da Lava Jato entregou à Justiça uma lista de “documentos” que mostrariam que Lula teria se encontrado 27 vezes entre 2003 e 2010 com ex-diretores da Petrobras que posteriormente foram condenados ou são investigados no âmbito da operação.
Simplesmente não é verdade. Os pretensos documentos que geraram mais esta convicção dos procuradores federais são anotações fora de contexto em agendas apreendidas por policiais em suas diligências. Em um dos casos, o que foi veiculado como suposto encontro privado entre Lula e um dos executivos investigados era uma recepção oferecida pelo então rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz Al-Saud, ao chefe de Estado e à comitiva brasileira.
Mas nada disso impediu que o jornal o Estado de S.Paulo desse amplo destaque à “notícia”, assim como a Rede Globo e a Folha de S.Paulo, entre outros veículos da grande imprensa. A imprensa comprou a versão da Lava Jato sem checar dado algum. Tivessem os veículos checado em seus próprios acervos conheceriam de pronto toda a inconsistência dos “documentos” e denúncias dos procuradores.
Veja abaixo alguns exemplos de agenda que o ex-presidente Lula cumpria nos exatos dias e horários que os procuradores federais alegaram que estariam preenchidos com reuniões com executivos da Petrobras.