O Partido dos Trabalhadores nasceu das lutas contra a ditadura e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do país. Mas, sobretudo, a história do PT esteve e estará sempre voltada para a defesa das classes sociais vulneráveis, e para a edificação de um projeto para o Brasil, democrático, justo e próspero, que eleve o país para o plano das nações mais desenvolvidas e comprometidas com os grandes desafios contemporâneos globais.
Com esse DNA, o PT passou a fazer forte oposição aos governos da época, até 2002. Porém, mesmo com a contundência da prática oposicionista exercida, essa conduta se ateve aos limites legitimados pela convivência democrática. Chegamos ao governo em 2003 e, em 13 anos, transformamos o Brasil na sexta economia do mundo, o Brasil saiu do mapa da fome da ONU, promovemos processo de redução extraordinária dos níveis da pobreza e pobreza extrema, sem precedentes na história. Além do mais o Brasil passou a ser respeitado e reconhecido como nunca na esfera global. Mostramos que um outro Brasil é possível. Mas o sonho foi interrompido pelas elites conservadoras com o golpe de 2016.
Em 2019, voltamos a uma oposição sem tréguas às ideias, políticas e condutas do governo de extrema direita eleito em 2018 sob uma circunstância de lawfare que tirou o Lula da eleição levando-o a uma prisão escandalosa, mais o ineditismo pernicioso da introdução e massificação criminosa das fake news.
Juntamente com as demais forças e instituições democráticas conseguimos resistir a quatro anos de uma verdadeira tormenta. Um período de perdas de direitos e desmontes de políticas sociais, falsificações em nome do patriotismo; perseguições a desafetos; uso político despudorado da máquina e das finanças públicas, manipulações de massa, inclusive, com a instrumentalização da fé; tentativas de golpe, e muitas outras ações negativamente disruptivas. O obscurantismo e a irresponsabilidade confrontaram a ciência, a cultura e as funções de governo que, no limite, levaram à morte injustificada de centenas de milhares de brasileiros pela Covid.
Graças a Deus 2022 chegou e a eleição do Lula represou a avalanche exterminadora. De imediato, teve início o processo de reconstrução e transformação do Brasil. O desastre foi interrompido, mas as sementes da extrema direita saíram da dormência; haviam germinado em escala no nosso país como vem ocorrendo em várias partes do mundo.
Essa extrema direita se aliou com setores do tal mercado e segmentos da mídia contrários à reinclusão dos pobres no orçamento e à nova política econômica que a ressignifica para um novo projeto que rechaça a especulação financeira. Passaram a fazer uma oposição simplesmente destrutiva. Comemoram revezes do governo no Congresso mesmo quando o prejuízo é de todo o país. Vibraram com a flexibilização dos agrotóxicos; com a aprovação do marco temporal; com o fim das “saidinhas”; com o engavetamento do projeto sobre fake news; com o projeto de criminaliza as lutas pela reforma agrária.
Promoveram a impugnação de trecho da Medida Provisória nº 1.227, de 2024, que para cobrir o buraco nas finanças públicas com a desoneração dos 17 setores da economia, chancelaram a continuidade de um processo de sonegação por grandes empresas a um custo anual de 22 bilhões de Reais para os brasileiros. Mais recente, a extrema direita está eufórica com o escandaloso “PL do estuprador” com regime de urgência aprovado na Câmara dos Deputados.
A essa desenvoltura no Congresso, soma-se a operosidade de segmento do mercado financeiro que atuam como pitonisas da desgraça do Brasil para sabotar os avanços inquestionáveis da economia brasileira. O presidente do BC que na cara de pau já se lançou candidato a ministro da fazenda num improvável governo Tarcísio tem sido um desses atores mais destacados.