Assim é o acordo firmado entre o Governo Federal e o Governo do estado de São Paulo, a partir da interlocução entre a Presidenta Dilma Rousseff e o Governador Geraldo Alckmin. Com investimentos federais que ultrapassam os R$ 3 bilhões, será possível ampliar a navegabilidade da Hidrovia Tietê-Paraná, financiar a construção de embarcações para o transporte de etanol e construir o trecho norte do Rodoanel de São Paulo.
A Hidrovia Tietê-Paraná, por exemplo, receberá R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 900 milhões do PAC 2, o segundo maior investimento em hidrovias dos últimos 30 anos. As obras do projeto, que serão realizadas entre 2011 e 2014, contemplarão cerca de 800 km do trecho paulista da Hidrovia. A construção de barragens, a ampliação de pontes; a modernização de terminais hidroviários e as melhorias na infraestrutura de eclusas vão diminuir o tempo de viagem, aumentar a capacidade de carga e reduzir o custo do frete. Com isso, a expectativa é atrair para a Hidrovia o transporte de cerca de 11,5 milhões de toneladas, que significam o triplo da movimentação atual.
Para o Estaleiro Rio Tietê serão R$ 432,3 milhões, dos quais R$ 371,3 milhões financiados pelo Fundo de Marinha Mercante. Esta iniciativa é um marco na logística de etanol no Brasil, que vai permitir o uso em larga escala da Hidrovia Tietê-Paraná para o escoamento da produção do Centro-Oeste e Sudeste do País. A previsão é que o Estaleiro Rio Tietê construa 80 barcaças e 20 empurradores, formando assim 20 comboios com capacidade de transporte de 7,6 milhões de litros cada.
Reconhecida como a matriz de transporte mais barata, segura e menos poluente, o uso pleno do potencial da Hidrovia permitirá reduzir o custo final do etanol e desafogar nossas rodovias, pois quando em plena operação em 2015, os comboios devem realizar transportes de cargas equivalentes a 80 mil viagens de caminhão por ano.
O Brasil, que na década de 80 possuía um dos principais parques da industria naval mundial, felizmente vai recuperando seu papel no cenário internacional com estes novos investimentos, ao mesmo tempo em que amplia o número de empregos diretos gerados pela construção naval. Somente com a construção do Estaleiro Rio Tietê serão gerados cerca de 500 empregos diretos e dois mil indiretos e quando em operação, a nova frota abrirá 400 postos de trabalho.
Já o trecho norte do Rodoanel de São Paulo receberá um aporte de R$ 1,72 bilhão do Governo Federal. Esta é a última etapa de uma parceira que contou com investimentos de R$ 404 milhões da União no trecho oeste e R$ 1,26 bilhão no trecho sul. Com um fluxo diário previsto de 65 mil veículos quando concluído, o trecho norte do Rodoanel evitará que 17 mil caminhões trafeguem pelo Centro de São Paulo, principalmente nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, contribuindo para a diminuição dos congestionamentos e dos tempos de viagens.
Com certeza são recursos que farão enorme diferença. Com estas obras, São Paulo e todo o Brasil saem ganhando e continuam a crescer.
Porém, muito mais pode ser feito quando as parcerias entre governos não sofrem com os obstáculos da política retrógrada e eleitoreira do século XX. Talvez por isso a Presidenta Dilma Rousseff, com gentileza e classe, tenha chamado a atenção do prefeito Gilberto Kassab para a abertura de convênios para novas creches e para a urgente necessidade de deslanchar na cidade de São Paulo o “Minha Casa, Minha Vida”. Pelos benefícios sociais e econômicos destes programas, esta interação é fundamental.
Felizmente, outras parcerias republicanas virão e permitirão de forma articulada e planejada os investimentos imprescindíveis para o desenvolvimento. A Presidenta Dilma e o Governador Alckmin já iniciaram as conversas sobre o Ferroanel, uma obra orçada em mais de R$ 1 bilhão e que vai definitivamente solucionar o impacto urbano na região metropolitana de São Paulo da operação conjunta de trens de carga e de passageiros.
Estes acordos firmados e as futuras parcerias apontam para uma nova forma de pensar o interesse público e a ação política e são, nas palavras da Presidenta, “resultado da maturidade institucional, política e democrática do país”.
São os novos ares da política do século XXI!
Publicado pelo Brasil 247