Reunidos em assembleia, os acionistas da Eletrobras aprovaram nesta segunda-feira o plano de renovação das concessões do grupo que vencem entre 2015 e 2017. O resultado foi garantido pelo voto dos acionistas controladores, que incluem o Tesouro Nacional e a BNDESPar.
A assembleia extraordinária também foi marcada pelas críticas dos acionistas minoritários, que questionaram, especialmente, o direito de a União votar pela renovação de contratos.
O diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado, encerrou a assembleia e, ao fim da reunião, disse que a União não deverá fazer aportes de capital para a Eletrobras para compensar a redução de fluxo de caixa que ocorrerá a partir da redução das tarifas de geração e do corte da receita das transmissoras.
“O governo não pretende fazer um aumento de capital, mas dará garantias para a alavancagem do projeto de investimento e expansão”, afirmou.
O questionamento do aporte de capital partiu dos acionistas minoritários, que temem a diluição de suas participações no capital social da Eletrobras.
Contra a renovação, houve 34 votos contrários à renovação, com uma abstenção (do J.P. Morgan) e quatro votos a favor (União, BNDESPar, BNDES e parte dos fundos representados pelo J.P. Morgan).
Entre os principais minoritários que votaram contra a adesão estão Abu Dhabi e Fundos; J.P. Morgan; e Skagen Kon-Tiki.