Acordo estende Protocolo de Kyoto até 2020, em Conferência do Clima

Aproximadamente 200 países aprovaram nesse sábado (8/12), após intensas negociações, a prorrogação da validade do Protocolo de Kyoto para 2020, na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 18), em Doha, no Qatar. Mas o alcance da nova meta de redução da emissão de gases que agravam ao efeito estufa – que inicialmente vencia neste ano – terá um alcance menor: além dos Estados Unidos, que nunca foi signatário do tratado, Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia se recusaram a assiná-lo, porque queriam que países emergentes como a Índia, a China e o Brasil também tivessem metas a cumprir, o que não é previsto pelo documento.

Reunidos, os 36 países comprometidos (Austrália, Noruega, Suíça, Ucrânia e todos os integrantes da União Europeia) são responsáveis por apenas 15% das emissões de gases do efeito estufa. Mesmo assim, novas metas devem ser definidas já em 2014. A União Europeia, por exemplo, já prometeu reduzir suas emissões em até 20%, em comparação com os dados de 1990.

O documento assinado no fim de semana também manteve a doação anual de US$ 10 bilhões aos países desenvolvidos para auxiliar o combate à mudança climática nas nações em desenvolvimento. Número que já tinha sido acordado em 2009. Entretanto, em crise econômica, os países desenvolvidos não conseguiram apresentar um planejamento de como eles vão chegar a esta soma, que deverá ser implementada a partir de 2020.

Metas para todos

Em 2020, quando o Protocolo de Kyoto perder sua validade, os países pretendem pôr em ação um novo acordo, que estabeleça metas para todas as nações. Essa será a pauta da próxima grande reunião, que será em 2015, em Paris, na França. Antes disso, reuniões preliminares serão realizadas em 2013 e 2014; a primeira delas está marcada para abril de 2013, em Bonn, na Alemanha.

O maior desafio dos negociadores será incluir os dois maiores poluidores do planeta: a China e os Estados Unidos.

Aumento da temperatura global

A temperatura global do planeta subirá de 3°C a 5°C, e não 2°C. Isto é o que prevê relatórios e estudos divulgados nas últimas semanas. A marca além de assustar os cientistas que temem os desastres naturais, demonstra que os esforços realizados estão longe de poder freá-las, já que revertê-las parece difícil.

Desde 1995, a comunidade internacional se reúne todos os anos em complexas e difíceis negociações dirigidas pela ONU para tentar aumentar e distribuir de forma igualitárias as reduções de gases de efeito estufa.

Com informações de agências de notícias

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