Na abertura da 23ª Conferência da Advocacia Brasileira, na última segunda-feira (27), em São Paulo, sem representantes do governo Temer, alguns pronunciamentos fizeram referência indireta a operações judiciais e procedimentos policiais em curso, além das reformas do Executivo.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Espírito Santo e coordenador nacional do Colégio de Presidentes de Seccionais, Homero Mafra, por exemplo, apontou o “salvacionismo reducionista que imola as liberdades públicas” e citou, “que a pretexto do combate à corrupção, autoridades se arvoram em novos salvadores da República”.
O presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia criticou o “açodamento” com que um governo em fim de mandato, sem aval das urnas, e um Congresso desacreditado “querem impor, sem debate prévio, uma reforma como a da Previdência, assim como a reforma trabalhista”.
Segundo Lamachia, esses são temas que precisam ser examinados com profundidade. Sem isso, nenhuma reforma terá “adesão social” e resultará em mais crise. O presidente da OAB também repudiou o “extremismo” de candidatos que se apresentam como salvadores da pátria, “impondo como padrão a intolerância”.