Falar é com ele, trabalhar nem tanto. Menos de uma semana depois de ter defendido que a CPMI das Petrobras funcionasse cinco dias por semana, o presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) manteve a escrita já conhecida dos senadores – e faltou no primeiro dia de trabalho da CPMI que ele tanto defendeu. O lugar vago do tucano na comissão talvez não seja notado pela imprensa nos jornais de amanhã (terça-feira, 03/06). Afinal, foi para os ansiosos repórteres que acompanham Aécio por onde quer que ele vá que a proposta de trabalho árduo foi apresentada. Dias atrás, trabalhar intensamente para apurar as supostas irregularidades da Petrobras era o único caminho para uma apuração correta, aquela que o Brasil quer ver.
Mas logo no primeiro diz de trabalho da CPMI, o tucano não apareceu, em mais uma das muitas faltas que o tornam um dos recordistas de absenteísmo no Senado.
Como o previsto, mais importante mesmo para a oposição era a montagem do espetáculo. Em seu dia inaugural de trabalho, deu-se o que líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) previra: debates intermináveis e sem rumo definido.
Marcello Antunes