Agora é oficial: Luiz Inácio Lula da Silva vai, sim, disputar a Presidência da República pela coligação PT – PcdoB – PROS – PCO no pleito do próximo outubro. A candidatura de Lula foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde desta quarta-feira (15) — um evento acompanhado por mais de 50 mil pessoas que, do lado de fora do tribunal, deram outra dimensão ao ato que, para outros postulantes, consiste em mero preenchimento de formulários e batidas de carimbo.
A formalização da candidatura de Lula ficou a cargo da presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que estava acompanhada do candidato a vice-presidente Fernando Haddad, da ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), da presidenta da República eleita Dilma Rousseff e de dirigentes do Partido da Causa Operária (PCO e do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), que integram a coligação em torno da chapa Lula-Haddad.
[blockquote align=”none” author=”Senador Lindbergh Farias, lider da Bancada do PT no Senado Federal”]“Só Lula para impulsionar dezenas de milhares de pessoas até Brasília para fazer o registro de sua candidatura!”[/blockquote]
“Só Lula para impulsionar dezenas de milhares de pessoas até Brasília para fazer o registro de sua candidatura!”, celebrou o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), visivelmente emocionado pela inédita manifestação realizada em Brasília por militantes dos partidos da coligação, movimentos sociais, trabalhadores e trabalhadoras que vieram de todos os cantos do Brasil—das 50 mil pessoas estimadas na manifestação de hoje, pelo menos 5 mil participaram da Marcha Lula Livre, uma caminhada de centenas de quilômetros.
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“Não estou pedindo nenhum favor. Estou exigindo o direito que vem sendo assegurado a centenas de candidatos em todo o País em eleições anteriores”, declarou Lula em uma carta lida para a multidão pelo candidato a vice-presidente, Fernando Haddad, após a formalização da candidatura.
Lula vem liderando de forma incontestável todas as pesquisas de opinião sobre intenção de voto para a Presidência —ainda que esteja há mais de quatro meses longe dos olhos do público, preso em Curitiba—e o registro de sua candidatura está amparado na legislação. Só em 2016, 145 candidatos com condenações em segunda instância, exatamente como Lula, puderam concorrer ao pleito realizado naquele ano e foram eleitos prefeitos.
“Fato indeterminado não é prova. Por isso eu sou candidato a presidente da República. A lei eleitoral me garante que só não serei candidato se eu morrer, renunciar ou for arrancado pela Justiça Eleitoral. Não pretendo morrer, não cogito renunciar e vou brigar pelo meu registro até o final”, prosseguiu Lula em sua mensagem aos brasileiros.
Segundo a Lei da Ficha Limpa, no decorrer da campanha, um candidato que tenha sido condenado em segunda instância ainda pode ter revista sua inelegibilidade por uma instância superior—ser absolvido da condenação. Isso garante o direito de Lula disputar a eleição.
“Lula não tem condenação transitada em julgado. Nossa maior prioridade é libertar Lula de sua prisão política, mas ele será candidato de uma forma ou de outra, esteja onde estiver, para que prevaleça a vontade do povo brasileiro e o bem do país”, garantiu a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.
Com a candidatura registrada, a luta por Lula Presidente agora é nas urnas. E nas urnas não tem pra ninguém.
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