O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (14) a informação do Boletim Focus, uma pesquisa feita toda a semana por consultorias econômicas privadas, e que agora aponta redução da inflação e aumento do Produto Interno Bruto (PIB), desnorteando o mundo especulativo que desde o início do ano tem apostado suas fichas que a inflação sairia do controle e que a atividade econômica teria um desempenho pífio.
Mas vale a leitura do boletim Focus, que agora prevê que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar em 5,81% neste ano e não mais em 5,82%, estimados anteriormente pelos analistas. Para o PIB, o dito mercado prevê crescimento de 2,48% em 2013. Anteriormente, a estimativa era 2,47%. A produção industrial também vai melhorar e agora projeta alta de 1,80% e não mais de 1,70%.
A taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 9,75%, no final do ano, atualmente está em 9,5%. O dólar, na mesma comparação, foi reduzido para R$ 2,29 ante os R$ 2,30 da estimativa anterior. A projeção para o déficit em conta-corrente, um dos principais indicadores das contas externas, foi mantido em US$ 79 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 1,99 bilhão e os investimentos estrangeiros diretos em US$ 60 bilhões.
A agência Brasil também publica em seu site, hoje, pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getúlio Vargas relativa ao Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que caiu 1,07 ponto percentual no terceiro trimestre deste ano, com inflação de 0,19%.
A inflação acumulada em um ano na cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por idosos ficou abaixo do índice geral. Nos últimos doze meses, O IPC-3i soma 4,96%, enquanto o IPC-Br foi 5,29%.
A classe de despesa que mais contribuiu para a queda foi alimentação, que saiu de uma inflação de 0,55% no segundo trimestre para uma deflação de -1,79% no terceiro. O item hortaliças e legumes se destacou na queda de preços, com -33,25%.
Saúde e cuidados pessoais foi outra classe com decréscimo, de 2,66% para 1,19%. Os medicamentos tiveram papel importante para esse resultado, com queda de 4,40% para 0,02%. O mesmo se deu em habitação, de 1,70% para 1,04%, transportes, de 0,09% para -0,51%, e vestuário, de 2,78% para 0,40%.
As classes comunicação (de -0,55% para 0,17%), educação leitura e recreação (de 0,73% para 0,89%) e despesas diversas (de 0,40% para 0,53%) tiveram aumento da inflação. Tarifas de telefone residencial, hotel e clínica veterinária pesaram, nessa ordem, para cada grupo.
Com informações da Agência Brasil