Agricultor terá alternativa ao tabaco

A gaúcha Oracelia Vieira Delfino abandonou o tabaco por causa do veneno e da baixa rentabilidade / Emater/RS

Seleção de projetos para diversificação em áreas cultivadas com tabaco vai até dia 13

Está aberto o processo seletivo do chamamento público de projetos de Apoio à Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco, destinado a oferta de serviços de capacitação e pesquisa qualificadas nas propriedades produtoras de fumo da agricultura familiar. O prazo para envio de projetos vai até 13 de dezembro. Podem participar instituições públicas sem fins lucrativos, previamente credenciadas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv) O programa de redução do plantio de tabaco é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que já tem 65 projetos de pesquisa, capacitação e assistência técnica e extensão rural em apoio à diversificação em andamento para amparar 80 mil agricultores familiares em sete estados produtores. De 2005 a 2010, foram investidos mais de R$ 15 milhões em ações do programa. Para 2011, foram selecionadas dez entidades por meio de chamamento público para prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), no valor de mais de R$ 11 milhões. Cerca de dez mil famílias fumicultoras serão atendidas nesta ação.

Sul – Serão atendidos neste chamamento agricultores familiares dos Territórios da Cidadania onde há produção de fumo. O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a região Sul é responsável por 95% da produção de fumo no Brasil e cerca de 200 mil agricultores familiares estão envolvidos na atividade. A estatística aponta ainda que existem 733 municípios produtores nos três estados do Sul. Do total de municípios do Paraná, 42% plantam fumo; em Santa Catarina, 81%; e no Rio Grande do Sul, 66%. O Brasil produz em média 850 mil toneladas de fumo por ano, deste total, 85% é exportado. 

Danos à saúde e pouca renda levaram a agricultora Oracelia Vieira Delfino, de Pinhal Grande (RS), a parar de cultivar tabaco, o que fazia há sete anos. A agricultura foi beneficiada pelos serviços de Ater. “Já era o terceiro ano de prejuízo (com tabaco)”, conta. “Voltamos para as feiras livres. Estamos plantando melancia, mandioca, batatas, repolho, tomate, pepino…”. 

Edital do Ministério do Desenvolvimento Agrário aqui 

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