Pela primeira vez na história, brasileiros e brasileiras vão acompanhar à cerimônia do Oscar torcendo por uma obra nacional concorrendo ao melhor filme do ano: “Ainda estou aqui”. A película dirigida por Walter Salles conquistou três indicações na principal premiação do cinema mundial na lista divulgada pela academia nesta quinta-feira (23/1).
Não bastasse o orgulho de concorrer na principal categoria do prêmio, “Ainda estou aqui” disputa como “Melhor Filme Internacional” e com a nossa totalmente premiada no Globo de Ouro Fernanda Torres, indicada ao prêmio de “Melhor Atriz”.
A tríplice indicação, aliás, levou o presidente Lula a brincar com um já costume brasileiro: pedir música no programa Fantástico, da Rede Globo – em um quadro esportivo da atração, quem faz três gols em uma partida de futebol pode escolher uma canção para ser tocada enquanto os lances são reprisados.
A torcida brasileira é para que chegue logo o dia 2 de março, quando será realizada em Los Angeles a revelação dos prêmios.
Para nunca esquecer
“Ainda estou aqui” retrata a história autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva com enfoque na vida de sua mãe, Eunice Paiva, uma advogada que acabou se tornando ativista política na sequência da prisão e consequente desaparecimento de seu marido pela ditadura militar brasileira.
Para o líder do PT no Senado, Beto Faro (PA), as indicações já são motivo de orgulho para todo o Brasil.
“Ainda estamos aqui cheios de orgulho do cinema nacional! Parabéns, Walter Salles, Fernanda Torres, Selton Mello e tantos outros que, com a história de Eunice e sua família, eternizaram os rastros de sofrimento deixados pela ditadura na nossa nação. Um importante lembrete do que jamais devemos deixar acontecer de novo neste país.”
Nas redes sociais, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), futuro líder do PT no Senado, desejou boa sorte ao “filmaço” e à atriz Fernanda Torres.
Pela sua conta na rede “X”, o senador Humberto Costa (PT-PE) também celebrou o feito da obra.
Outro quem também deixou um recado sobre o feito de “Ainda estou aqui” foi o líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Já a senadora Teresa Leitão (PT-PE) afirmou que é momento de “celebrar essa conquista” e “torcer muito para trazer essas estatuetas para casa”.
Importância histórica
Ao celebrarem as indicações ao Oscar, os parlamentares do PT lembraram de como a obra se faz necessária neste momento de insistentes ataques à nossa democracia.
A senadora Augusta Brito (PT-CE) destacou que a indicação de Fernanda Torres mostra a força e o talento da mulher brasileira, além da importância histórica do reconhecimento da obra na atualidade. “O tema não poderia ser mais apropriado neste momento obscuro de ataques à democracia. Ditadura nunca mais!”, disse.
No mesmo tom, o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner, e os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Fabiano Contarato (PT-ES) destacaram a importância da história real retratada na película.
“[O filme] traz com maestria a memória de um Brasil que não queremos mais”. “Queremos um Brasil vivo, livre, com sua arte sendo aclamada no mundo inteiro. Viva o cinema nacional! Viva a nossa cultura!”, exaltou Jaques Wagner.
“Parabéns a toda a equipe por levar nossa história e nossa arte ao cenário mundial. Democracia, sempre. A verdade prevalece”, exclamou Paim.
“Este é um grande reconhecimento para uma obra que resgata a memória da nossa história, abordando com coragem e sensibilidade as cicatrizes deixadas pela ditadura no Brasil”, disse Contarato.
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